Inuendo

Passo a mão no lugar imaculado

ao meu lado, na cama, abandonado

o incerto tom do lençol vazio

o teu lugar fica agora frio.

 

Solicitude de noite fria, gelada

a ausência do teu abraço

o calor em mim de teu braço

não é mais que uma recordação

 

Solidão presente em mim,

consciência de ti ausente

tudo o que o Presente me tirou

tudo o que o que em mim ficou.

 

Longamente totalmente acordado

em nosso ex-altar sagrado

onde não havia questões

apenas boas sensações!

 

só e tão só, em pijama enrugado

memória desses dias de verão

em que a vida contigo, era tesão

Sem qualquer falso cuidado.

 

O silêncio do quarto fala-me de ti

de tudo o que eu agora perdi

dos risos, dos beijos, dos segredos

das memórias, de histórias e enredos.

 

Gesto vago num aceno de cabeça

nada que a na minha vida permaneça

a quietude como algo importante

na solidão agora delirante.

 

Já não sei de novo caminhar

já não sei de novo sonhar

perdi nestas entrelinhas da vida

o meu suave poetar!

 

brilho em mim que se diluiu

atitude de quem só te feriu

irresponsável no afeto

numa vida a dois sem teto.

 

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Martes, Diciembre 21, 2010 - 10:26

Poesia :

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Mefistus

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Uma tristeza q nos lambe de baixo da pele...

Um poema triste, muito triste... Um remorso amordaçado pela ausencia que nos estremece por dentro e nos faz pensar em tudo o q temos e tantas vezes não valorizamos... Um adeus q é teu, mas se torna nosso ao longo do poema e q no fim parte connosco...

Sempre uma viagem maravilhosa ler-te, meu querido!

Beijinho grande em ti!

Inês

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