CONCURSOS:

Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.

 

Crónicas de Mauro - Fritz investiga

Oslo- Noruega- 14 de Junho de 2009

Fritz serviu-se de um café quente e enquanto aguardava que o responsável da galeria o recebese, analisou mentalmente os detalhes.
Na Austria, um individuo entrara numa galeria, com a maior das facilidades, saltando um muro e saíra, com o precioso Saleiro. Ninguem vira ou ouvira algo, e como pista apenas uma carta deixada, um " Às de Paus" e dois sapatos.
Por mais voltas que desse ao caso, não sabia o que fazer. Ninguem vira ou ouvira algo de estranho. Os guardas da galeria não faziam ideia...
Como resultado, Fritz que sempre fora devotado à corporação da Policia, e que ambicionava aos 36 anos a devida promoção soubera que descera no ranking de preferências do seu superior.
Foi subitamente, em conversa com um seu colega de Oslo, que ouviu um roubo igual, e uma carta deixada no local o " As de Paus" voltara a atacar.
Sabendo que nada poderia adiantar ao seu superior, meteu uma semana de férias e voou para a Noruega,
Soubera que alguem tinha suspeitas da identidade do ladrão e sendo assim, ele estava interessado.
Com algum alivio foi-lhe comunicado pela secretária de pernas atraentes, que ele iria ser recebido polo senhor Magnusson. Sem perder tempo, dirigiu-se á pequena sala:
-Muito bom dia, Inspector. Em que lhe posso ser util?
Fritz sorriu levemente, e embaração, iniciou:
-Bom dia Senhor Magnusson, peço desculpa pel interrupção. Mas precisava mesmo de falar consigo.
-Pois esteja á vontade. Ajudarei no que puder.
-Bom, é sobre o roubo da litografia, "separação II"!
O sorriso amável do proprietário desapareceu e assumindo um ar cauteloso, confidenciou:
-A Galeria não desmente o roubo. Mas creia que não morreos de amor por publicidade. A nossa ideia é encobrir ao máximo o roubo. E , sinceramente, não vejo porque a Austria estaria interessada.
-Efectivamente, sr. Magnusson, tem razão. Eu tambem anseio por toda a descrição possivel, e num facto tem razão, a Austria não está preocupada ou interessada. Eu estou!
-Não entendo, inspector.
-Sr. Magnusson, estou convicto que o assaltante é o mesmo, que assaltou a Galeria de Viena. Um caso que e veio parar às mãos.
O ar apreensivo do proprietário, esvaneceu-se, e inquiriu:
-Compreendo. Isso já é diferente. Temos todo o interesse em recuperar a Obra.
-E eu em apanhar esse " As de Paus"!
-Pois bem inspector. Suponho igualmente que oficialmente a sua esquadra não sabe de nada?
-Correcto. Estou em regfime de " Free-Lancer".
-OPtimo. Pode começar!
-Sr. Magnusson, falei com um colega da Policia Norueguesa, tenho uma ideia do roubo, de como foi feito, e constou-me que estavam em Mudanças de instalações...
-Efectivamente inspector. Tinhamos adquirido uma àrea maior, para poder ter um maior lucro nas exposições. Deviamos ter tido outro tipo de cuidado.
-Compreendo! Mas foram contactadas empresas para efectuarem as mudanças?
-Correcto. Foram contactadas tres empresas. Mas por questão de orçam,ento, preferimos a " Rapid Oslo".
-Já tinham trabalhado com eles?
-Sim. Em várias ocasoiões. Sempre foram muito profissionais.
-Na sua opinião, que pode concluir sobre o assalto?
O Pesado homem levantou-se devagar, acendeu um charuto e prosseguiu:
-Como deve calcular, as mudanças de instalações, que motivem o transporte de obras de arte, não são propriamente feitas de ânimo leve. Nomeei um funcionário da casa, uma pesso super conpetente, para supervsionar os trabalhos.
-Essa pessoa é então funcionário da casa?
-Correcto.O Sr. Madsen já trabalha conosco á anos.Do pouco que ele me disse, acredito piamente que falava verdade. Ele nada sabe. Apenas que empactou a peça e entregou a um dos funcionários da empresa de mudanças.
-Então o assaltante poderia ser um funcionário da " Rapid Oslo"?
-Creio que a policia de cá está a averiguar essa possibilidade, inspector!
-Muito bem. Sr, Magnusson, seria possivel eu Falar com o Sr. Madsen?
-Perfeitamente. Apesar dos seus colegas Noruegueses já o terem interrogado. Mas creio, que não fará mal algum. Desde que o faça em sigilo.
-Muito grato pela sua compreensão.
Minutos depois, um jovem loiro, de olhos verdes e relativamente pálido, entrou no gabinete:
-Madsen, este senhor é inspector da policia Austriaca. Ele gostava de lhe fazer algumas perguntas sobre o roubo.
-Com certeza, Sr. Magnusson.Sem problema!
-Sr. Madsen sou o Inspector Fritz da Policia Austriaca, e tenho alguma curiosidade em ouvi-lo sobre o assalto. Pode estranhar eu ser Austriaco e estar interessado no asalto, mas acredite que tenho meus motivos.
-Com certeza, inspector, mas lamento não ter muito a dizer.
-Não importa. Eu ouvirei o que tem a dizer.
-Bom, o pessoal das Mudanças entrou e como combinado, a equipa deitou " mãos à obra".Eles sabiam que queriamos ser rápido e eficazes. Já não era a primeira vez que o faziam.
-Entendo, continue por favor...
-A certa altura, um sujeito moreno,com farda da empresa de transportes, veio ter comigo, para acondicionar a obra em questão.
-Como era ele?
-Bom, era diferente.
-Diferente?
-Sim. Nada nórdico. Era alto, moreno, cabelo escuro, olhos castanhos creio.
-Lembra-se de algum traço da fisionomia em particular?
-Não inspector. Ele estava de boné.E agia com um á vontade impressionante. Como disse aos seus colegas, não tive motivos para suspeitar de algo.
-Estava identificado?
-Sim. Com a chapa assinada pelo responsável da empresa de mudanças. Eu conheço a assinatura.
-Muito bem e depois?
-Ele saiu. Eu vi ele a sair.Depois alguem me colocou uma questão sobre o acondicionamento de um quadro...Lamento, mas nada vi depois.
-Não o voltou a ver?
-Não inspector. Só algum tempo depois, quando encontraram a farda, eu percebi.
-Onde estava a farda?
-No WC. Atrás da sanita. Foi a senhora da limpeza que a descobriu. Assim como a Carta de jogar. De inicio não relacionamos o caso.
-Não relacionamos?
-Oh sim, desculpe. Eu e o meu colega Vincent, achamos piada.
-Piada?
-Eu explico inspector. Sabe que nós numa galeria temos de estar informados, sobre o que se passa no Mundo da Arte.
-Sim, eu entendo...e?
-Pois bem, quando falei ao Vicent da carta, ele mostrou-me um site, onde descrevia um roubo na Austria. Do memso modo.
-Correcto. Foi comigo!
-Percebi, no momento em que se apresentou.
-Mas desculpe, não vejo onde esteja a piada?
-Bom, nós achamos. Depois vimos o mesmo no Brasil...
-Brasil?
-Sim, no Masp.
-Não estou ao corrente. Peço desculpa.
-Um roubo de obras de arte, em 2007. A mesma carta de Paus. Eles apanharam os autores.
-Ah sim?
-Mas não era ele na fotografia.Apanharam a pessoa errada.
O inspector hesitou por uns instantes. A vontade dele era estrangular o seu interlocutor. Parecia que estava a descrever um heroi e não o homem que arrinou a promoção dele.Respirando fundo, inquiriu:
-Falou dissso aos colegas Noruegueses?
-Oh não, na altura não veio á baila o assunto.
-Optimo. Eu darei o recado. Não se preocupe!
-Obrigado Inspector.
-Já agora Sr. Madsen, a obra em causa estava regularmente exposta ao publico?
-Sim. desde que a galeria abriu.
-E nunca se apercebeu que esse indivduo já estivesse aqui antes?
-Pode ser provável, pelo à vontade demonstrado. Mas não, nunca reparei.
Fritz aproveitou para ir tomando apontamentos, depois num modo cordial, anunciou:
-Muito bem, estou esclarecido. Obrigado pela sua discriçã, Sr, Madsen.
-Prazer todo meu, inspector.Boa Sorte!
Levantando-se num ápice, Fritz despediu-se do Proprietário da galeria e dirigiu-se á empresa de transportes.
Era já perto do meio dia, quando Fritz se sentou em frente de um supervisor assustado e nervoso:
-Senhor Jorgenssen, antes de mais, deixe-me agradecer a amabilidade de me receber.
-Sem importância Inspector.Mas confesso que não vejo, em que novo interrogatório possa ajudar.
-È só um pró- forma, garanto-lhe.
-Muito bem, estou á sua disposição.
-Optimo. Já sei a versão dos dosnos da Galeria sobre o assalto, gostaria de saber a sua.
-È como disse, nada tenho para acrescentar. Chegamops á galeria á hora combinada, e tratamos de rapidamente proceder à mudança.
-Não se apercebeu que um dos funcionários não era seu?
-Não. Para falar a verdade, nem notei. Eu explico, por vezes, em certas alturas, o cliente quando pede urgência, o patrão trata de arranjar reforços. Pensei ser ese o caso, quando falei com o Italiano.
-Italiano?
-Julgo que sim. Eu nunca o vira. Bem que devia ter desconfiado!
-Perdão, mas o meu Norueguês está um pouco enferrujado. Não se importa de relatar desde o inicio?
-Mas já o disse aos seus colegas...
-Sim, mas eu trabalho em paralelo. Uma espécie de Task Force.
-Ah compreendo. Bem, os meus homens estavam a ser rápidos e como me compete transportar a carrinha, fui abri-la para que eles colocassem lá as obras. Quando entrei na Galera apercebi-me que um funcionário estava no local errado. Interpelei-o e ele respondeu-me mal.
-Mal?
-Sim, num Noruegues atropelado. Como era muito moreno, pensei ser um dos Italianos que o Patrão por vezes contrata.
-Ah, entendo. Mas ele respondeu em Noruegues?
-Sim, respondeu.
-Em conversa com um colega, falaram-me em duas fardas...
-Sim, efectivamente creio que ele devia ter um cumplice.Dado que o supervisor da galeria disse que eramos 10 e não 8.
-Não tornou a ver esse sujeito?
-Não. Subi ao primeiro andar e nunca mais o vi.
-Quando o viu, ele carregava um embrulho?
-Correcto. Por isso não estranhei.
O inspector meditou uns segundos, por fim inquiriu:
-Notou algo de diferente nele?Uma cicatriz , um sinal?
-Não inspector. Lamento!
O inspector estava abismado. Como era possivel um supervisor de uma equipa, ter mais dois funcionários , com crachá ao peito, sem achar estranho?Sacudindo negativamente a cabeça, tentou algo:
-Sr.Jorgenssen, Como foi possivel ele conseguir o crachá?
Apercebendo-se que a sua reputação profissional estava em causa, o Sardento homem, atacou:
-Creio que o deve ter imitado. Não sei. Não sou Policia. Esse é o seu trabalho!
-Efectivamente.Mas não deixa de ser estranho. Quem assina os crachás?
-Apenas o Patrão.`São entregues com a farda. No momento da recruta.
-E Houve entrada de novos elementos?
-Apenas há dois meeses. Mas esses estavam lá!
-Compreendo. Creio já ter sido esclarecido. Obrigado pelo seu tempo.

Friz dirigira-se para o Hotel, onde analisara os depoimentos recebidos e num laivo instintivo, pegou no telefone e aguardou:
-Mark? Fala Fritz, escuta será que me podias fazer um favor?
-Claro Fritz. Em que posso ser util?
-Tenho alguns dados e gostava que me fizesses um retrato robot?
-Com certeza. Manda por mail. Verei que posso fazer.
-Melhor. Não queres vir a Oslo?
-Oslo?
-Tudo pago. Mas em sigilo.
-Fritz, minha raposa, que andas a preparar?
-Anda!
-Vou ver. Este fim de semana?
-Excelente! Estou á tua espera.
Assim que desligou, fritz, agarrou o computador Toshiba, ligou a internet e pesquisou o roubo do MASP.

Em breve o "as de Paus" estaria descoberto!!

Submited by

quarta-feira, dezembro 16, 2009 - 17:52

Prosas :

No votes yet

Mefistus

imagem de Mefistus
Offline
Título: Membro
Última vez online: há 4 anos 5 semanas
Membro desde: 03/07/2008
Conteúdos:
Pontos: 3000

Comentários

imagem de lau_almeida

Re: Crónicas de Mauro - Fritz investiga

já á bastante tempo que nao vinha ao waf!~mas acho que a minha ausencia, fez com que as pessoas que mais gosto de ler, tenham escrito coisas lindissimas, fico feliz por saber que realmente, ter estado ausente valeu a pena... o texto esta excelente, mas tambem nao seria de prever outra coisa!
parabens!!
beijinho*
lau_almeida

imagem de ÔNIX

Re: Crónicas de Mauro - Fritz investiga

Olá Mefistus

Há um tópico no forum , um desafio paa escrever contos. Serão publicados aqui na secção de prosa e o link irá ser colocado lá em Histórias Contadas. Não queres participar também? Tu que tens uma escrita empolgante e emocionante

Beijos

imagem de ÔNIX

Re: Crónicas de Mauro - Fritz investiga

Mefistus

textos muito bem escritos e com uma história empolgante

Se for para sair em livro, irá ser muito bom

beijos doces

Matilde D'Ônix

Add comment

Se logue para poder enviar comentários

other contents of Mefistus

Tópico Título Respostas Views Last Postícone de ordenação Língua
Poesia/Amor Saber A Mar! 4 3.711 02/19/2019 - 15:26 Português
Prosas/Contos Desculpa Se Sou Puta -Parte 1 - Capítulo 3 0 3.147 02/07/2015 - 10:18 Português
Prosas/Contos Desculpa Se Sou Puta -Parte 1 - Capítulo 2 0 4.129 02/07/2015 - 10:11 Português
Prosas/Contos Desculpa Se Sou Puta - Parte 1 - Capítulo 1 - 0 6.809 02/07/2015 - 10:07 Português
Prosas/Contos Desculpa se sou Puta! - Introdução 0 3.797 02/07/2015 - 10:03 Português
Prosas/Contos Desculpa se sou Puta! - Introdução 0 2.884 02/07/2015 - 10:00 Português
Poesia/Amor Saber A Mar! 0 0 07/09/2012 - 14:31 Português
Poesia/Amor Saber A Mar! 0 4.211 07/09/2012 - 14:30 Português
Poesia/Aforismo Cativa Saliva na boca triste 0 5.591 06/04/2012 - 12:52 Português
Poesia/Meditação Haveria Sempre Poesia, Nas horas loucas de maresia 2 5.644 04/21/2012 - 04:56 Português
Poesia/Desilusão Melancolia 0 3.697 11/04/2011 - 11:11 Português
Poesia/Pensamentos Para onde vou ó dor! 0 2.527 11/04/2011 - 10:42 Português
Poesia/Meditação Trova a dois Terços! 0 3.673 11/04/2011 - 10:34 Português
Poesia/Intervenção Ó Chefe dá-me um emprego! 1 8.213 10/25/2011 - 09:30 Português
Poesia/Dedicado Em amêndoas Tragado 3 3.616 10/24/2011 - 09:15 Português
Poesia/Intervenção Uma breve nostalgia! 0 4.130 10/24/2011 - 09:06 Português
Poesia/Meditação No pio da Perdiz 0 3.882 10/24/2011 - 08:58 Português
Poesia/Fantasia Baila Marisa Baila! 3 4.477 09/01/2011 - 10:17 Português
Prosas/Terror Diablo- Capitulo 4 (parte 4/4) 0 3.327 04/09/2011 - 00:02 Português
Prosas/Terror Diablo - Capitulo 4 ( parte 3/4) 0 3.855 04/08/2011 - 23:59 Português
Prosas/Terror Diablo - Capitulo 4 ( parte 2/4) 0 4.541 04/08/2011 - 23:56 Português
Prosas/Terror Diablo Capitulo 4 (Parte 1/4). 0 4.566 04/08/2011 - 23:49 Português
Prosas/Terror Diablo Capitulo 3 (Parte 3/3) 0 4.632 04/08/2011 - 23:46 Português
Poesia/Meditação Dançarina de saia Púpura 2 4.992 04/07/2011 - 22:35 Português
Poesia/Meditação Como um corpo suspenso em cordas de linho 1 5.012 02/27/2011 - 19:51 Português