Divagação em Fá Sustenido

Divagação em Fá sustenido

Prozaico Dó entretido

Na Clave de Sol derretido

Em Mim já entretido

 

Um Fandango em voz cortante

na sombra do sopro constante,

Ou seria apenas Valsa Delirante

No palco feito pedante.

 

Pífaros e concertinas

anjos e seres celestiais

Nas cousas Libertinas

um som de campainhas!

 

Mas são Sinos da catedral

Num samba de dor fraternal

Amiude o som do pandeiro

nas mãos do nobre padeiro.

 

Trompete e outros Boleros

a lembrar Tequillas e Soleros

Um som Celta da Europa

que a festa já vai torta.

 

A alma que agora inventa isto

Jura ter ouvido um Todo mistico

Sons de Harpas e flautas

Teclas gastas de pianos sem caudas!

 

Vem por fim o violino

tocando de fininho

entre pratos e baterias

Tudo isto são tonterias

 

Salta na roda a nobre Gitana

De ventre moreno e liso

aqui, já nada é preciso

aqui já se perdeu o ciso

 

Construção, dilaceração

Confusão, Confraternização

Imensidão, E a razão?

perdeu-se na ultima contração!

 

Por fim um pouco de fado

Num imenso beijo dado

como por desculpa ou malvadez

Como por desejo, ou acidez.

 

Termina o imbróglio musical

sem inspiração musical

na cama em corpo dormente

frutos de festa anteriormente.

 

Febrilmente Carente!

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Martes, Enero 18, 2011 - 12:25

Poesia :

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Mefistus

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Comentarios

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Tequillas e Soleros

Entre tons a meio, a nota maior divaga na alma do poeta numa orquestra ácida, mas que as palavras adoçam de razão depois de um beijo imenso dado!!!

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Divagação em Fá Sustenido

Olá Rogério,

O teu cunho pessoal é característico e bem vincado no poema. Musical, teatral, rimado e animado, looool.....

Beijo,

Clarisse

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