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Divagação em Fá Sustenido
Divagação em Fá sustenido
Prozaico Dó entretido
Na Clave de Sol derretido
Em Mim já entretido
Um Fandango em voz cortante
na sombra do sopro constante,
Ou seria apenas Valsa Delirante
No palco feito pedante.
Pífaros e concertinas
anjos e seres celestiais
Nas cousas Libertinas
um som de campainhas!
Mas são Sinos da catedral
Num samba de dor fraternal
Amiude o som do pandeiro
nas mãos do nobre padeiro.
Trompete e outros Boleros
a lembrar Tequillas e Soleros
Um som Celta da Europa
que a festa já vai torta.
A alma que agora inventa isto
Jura ter ouvido um Todo mistico
Sons de Harpas e flautas
Teclas gastas de pianos sem caudas!
Vem por fim o violino
tocando de fininho
entre pratos e baterias
Tudo isto são tonterias
Salta na roda a nobre Gitana
De ventre moreno e liso
aqui, já nada é preciso
aqui já se perdeu o ciso
Construção, dilaceração
Confusão, Confraternização
Imensidão, E a razão?
perdeu-se na ultima contração!
Por fim um pouco de fado
Num imenso beijo dado
como por desculpa ou malvadez
Como por desejo, ou acidez.
Termina o imbróglio musical
sem inspiração musical
na cama em corpo dormente
frutos de festa anteriormente.
Febrilmente Carente!
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Comentários
Tequillas e Soleros
Entre tons a meio, a nota maior divaga na alma do poeta numa orquestra ácida, mas que as palavras adoçam de razão depois de um beijo imenso dado!!!
Divagação em Fá Sustenido
Olá Rogério,
O teu cunho pessoal é característico e bem vincado no poema. Musical, teatral, rimado e animado, looool.....
Beijo,
Clarisse