PNEUMOULTRAMICROSCOPICOSSILICOVULCANONIOSE

Antolhos lunares,
lugares de ordem celeste,
agreste ravina na sina do calendário.

O fim continua escrito sem ser lido.

Horas calvário,
oráculos de mil facetas,
crisopeia gadachim torna o homem filógino.

O fragor é atraído pelo seu contrário.

Psicoterapias acrónimas,
resiliências de toda a criação,
flutuâncias broxantes causam catatonia.

Mas a tela continua por pintar.

Prolixos dicionários,
bordados na alma exortação religiosa,
fundada num ponto do Evangelho que nos assuste.

A homília ridícula do medo.

Intrínseca mitologia,
filosofias num cântaro cheio de trama,
hiper-afectuosidades dependentes de quem ama.

Longínquo vai o éden de Adão e Eva.

Ramos bifurcados,
atipicidades oram da lua
o tempo incerto que à vida pertencemos.

Olhares anacoretas salvam-se no solipsismo.

Eras vão nos dias vindouros,
pináculos alvinitentes inatingíveis,
vulcões calões expelem o nosso estereótipo.

Pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiose.
 

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Martes, Enero 18, 2011 - 19:00

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Henrique

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