Sentimento Ingénuo

Sem mistura de coisas confusas
Só a pureza da esfera cristalina
Glória à mente virginal!

Deixo a razão se anteceder ao coração
Para não o deixar cair em tentação,
Pior seria facultar-lhe corpo e mente para seu domínio.

Mas utilizando o bom senso que seria se o outro predominasse?
Acabaria por exercer em intensidade a loucura?
Chegaria a adormecer no seu próprio pensamento ingénuo?

Porventura sonharia com alguém que lhe é visto como a pureza perfeita,
O tal vento, que lhe susurra as palavras desejadas,
A liberdade de fugir do que não conhece pelo sentido da visão.
Tremenda capacidade de sentir e de apreciar pelo receber de impressões
Faz com que não tenha consciência do seu estado.

Há a verdade abaladora que remexe o interior
Procurando a fuga ideal para sacudir o que existe de facto
E apagar a mentira que o pensamento monologa.

Se esquecesse que estou a utilizar o modo de pensar próprio do Homem
Talvez não fosse assim o efeito desta causa.
Amor e coração têm uma particularidade única,
Ambos sentem-se e precisam um do outro,
Para que, exista de facto um efeito.

Afastaremos por enquanto o pensar muito,
E deixemos o verídico se fazer ouvir,
Mas não o podemos deixar fluir por completo,
Pois sabemos que nos afogariamos nesse belo.

Quem não gosta da verdade?

____________________________________________________

Autor: Ana Pinto

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Domingo, Marzo 29, 2009 - 14:48

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Re: Sentimento Ingénuo

Bom poema, gostei de ler! :-)

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