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A palavra esculpida
Somos dois corações que não se conteram à tentação.
Unidos pela carência que acabou por dar luta
E rendeu-se sendo substituída por outra.
Es tu a minha necessidade de afecto
Quando a saudade aperta.
A vontade de o coração inchar e fazer-se ouvir!
Às leis do equilibrio do sangue
Extraídas pelas glândulas supra-renais condenas-me!
Se sentes o que sinto e vês o que vejo
Então o destino teve o cuidado de fazer o seu serviço.
É o esforço transcendente que se aplica à riqueza humana
Preocupando-se com a execução de uma obra bem feita.
Somos nós!
Ligados por ele mas nunca guiados.
Levou-me ao teu encontro e tu escolheste!
Cada vez penso mais que o céu te enviou e o Destino te orientou.
E aqui estamos seja lado a lado
Ou frente a frente
Que não deixará de ser assim,
Enquanto que estas forças estabelecerem conexão
Orientando relações íntimas das nossas estruturas e mentes.
Dirás coisas que me magoarão
Outras que me envolverão as mãos e formar-se-á a aliança até ti.
Durante o tempo que as energias sejam capazes de produzir efeitos nos nossos corpos
A minha alma está entregue às tuas mãos em troca da tua nas minhas.
Confio-te o coração neste meio tempo.
Cito as palavras que muitos dizem sem sentido
Porque não as sabem esculpir.
Mas tenho treinado as suas formas
Para t'as dizer com toda a sua pureza
hoje e sempre que te tiver a prioridade:
"Amo-te".
____________________________________________________
Autor: Ana Pinto
14 Fev 2009, Para todos os que estão submetidos às leis amorosas.
Escrito dedicado a Flávio Pitães
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Comentários
Re: A palavra esculpida
Um poema bem escrito, gostei!!! :-)