Trémulo

-Trémulo-

 

Quando as gotas de chuva absorvem os fios trémulos de luar
Libertado no útero redentor da madrugada encantada
A densidade atmosférica, convida ao festim dos lobos
Cobrindo a floresta negra com uma neblina milenar
Ocultando o momento em que a morte é consumada.
Um raio descarrega a fúria das nuvens sobre a árvore isenta
E por entre as chamas o necrófago aproxima-se da carniça.
O termómetro no limite atinge valores extremos e rebenta
Espalhando pelo chão as folhas verdes da estática hortaliça.
A montanha cuspiu as entranhas, um manto que tudo soterrou.
Por fim, sopra apenas um vento seco acariciando a paisagem
Carregando para os confins do inferno, o pó branco que sobrou.

 

Costa da Silva

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Miércoles, Febrero 23, 2011 - 23:20

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Lindo texto, meus parabéns,

MarneDulinski

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