Amores Repentinos

Amores que brotam de repente,
sem que se saiba da semente.
Paraíso sem serpente,
prisão sem corrente.

Urgentes paixões repentinas
em devassos quartos sem cortinas,
entre coxas femininas
e garras felinas.

Ousado desejo agreste;
bruto, suave, inconteste.
E depois, plácidos amores
em lençóis de cetim,
com gravuras em Nanquim
e Musas em Latim.

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Miércoles, Mayo 19, 2010 - 18:53

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fabiovillela

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Comentarios

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Re: Amores Repentinos

O poema envideçe o seu conteúdo, com convicção e realismo. Tomando nas letras a ousadia abrupta das paixões repentinas.
"Ousado" e "agreste" sem perder a suavidade.

Muito bom de ler. Gostei!

Um abraço.

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Re: Amores Repentinos

"Amores que brotam de repente,
sem que se saiba da semente.
Paraíso sem serpente,
prisão sem corrente".

O poeta soube muito bem evocar os conflitos das escolhas humanas. Amores infundados, paixões.
Mas sua excelência está no evocar da literatura portuguesa em seu berço, no Latim, última Flor do Lácio, estendendo-se até hoje a nós descendentes tupiniquins.

Belo texto

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Re: Amores Repentinos

"Urgentes paixões repentinas
em devassos quartos sem cortinas,
entre coxas femininas
e garras felinas."

A paixão transcrita na sensualidade poética!
Gostei bastante, Fábio!
Beijinho em si!
Inês Dunas

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