O malabarista do semáforo
Os cocos verdes
são lançados ao ar
pelas ágeis mãos
do menino maltrapilho
Impressiona o
seu malabarismo
dia-após-dia,
buscando moedas
No semáforo do Méier
segue o menino
deve contar
uns quinze anos
Alguns sequer
abrem o vidro da janela
a arte se mistura à fome
de comida e cola
(não necessariamente nesta ordem)
Outros recriminam
balançam a cabeça
de forma negativa,
ou simplesmente ignoram
Mas, há os que se compadecem
daquela alma perdida na rua
com seus cocos e bolsos vazios
descalço sobre o asfalto
AjAraújo, o poeta humanista, escrito em setembro de 2010.
Submited by
Sábado, Abril 2, 2011 - 23:02
Poesia :
- Inicie sesión para enviar comentarios
- 3359 reads
Add comment
Inicie sesión para enviar comentarios
other contents of AjAraujo
Tema | Título | Respuestas | Lecturas | Último envío | Idioma | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Dedicada | Auto de Natal | 2 | 1.889 | 12/16/2009 - 03:43 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | Natal: A paz do Menino Deus! | 2 | 2.750 | 12/13/2009 - 12:32 | Portuguese | |
Poesia/Aforismo | Uma crônica de Natal | 3 | 2.560 | 11/26/2009 - 04:00 | Portuguese | |
Poesia/Dedicada | Natal: uma prece | 1 | 2.339 | 11/24/2009 - 12:28 | Portuguese | |
Poesia/Dedicada | Arcas de Natal | 3 | 2.818 | 11/20/2009 - 04:02 | Portuguese | |
Poesia/Meditación | Queria apenas falar de um Natal... | 3 | 2.879 | 11/15/2009 - 21:54 | Portuguese |
Comentarios
Uma imagem triste e real
Uma imagem triste e real principalmente nas cidades grandes ...
bom poema reflexivo !!!
Beijos
Susan
De fato, Susan e ele, até
De fato, Susan e ele, até hoje continua lá, no mesmo local, como se fosse o seu ofício, o seu modo de ganhar a vida, mesmo perdendo-a.