Silêncios
Há num compasso de espera
Entre estar vivo e a morte
Onde o acontece aparece
E nos formata,
Nos reformula inteiramente.
Há num compasso de espera
No mais banal dia das nossas vidas
Que se prestarmos atenção
À melodia do existir
Deixaremos de dar importancia
A pequenos ruídos de fundo.
Caminhamos em apressados passos
Numa partitura que desconhecemos por
Inteiro a que tipo de composição fazemos parte.
Estes compassos de espera
São os não menos importantes silêncios
Que existem em todas as composições musicais
Que por milésimos de segundo ou mais
Nos farão decidir se vamos dançar
Enquanto as desenrolamos,
Ou seremos meramente
Mecânicas semibreves ,
Breves, colhcheias e etc
Que se hão de repetir
Pela nossa melodia fora,
Ou se haverá um dia
Que nos daremos a liberdade
De improvisar
Sem tirar a harmornia
Ao todo a que todos soamos.
Carlos Cabecinha
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Comentarios
Para mim,a tua poesia é uma
Para mim,a tua poesia é uma composicão onde as palavras apontam um sentido reflexivo que melodicamente silencia o "lugar comum".
Há tempo que gosto muito de te ler e hoje não fiquei só no silêncio da boa leitura...
Gostei muito
Silêncios
Obrigado Suzete. Jamais poderia de forma silenciosa idem, te dizer que me sinto lijondeassímo pelo teu comentário.
As palavras têm o seu tempo dentro do próprio tempo. Encaixam nos silêncios harmoniosamente. È um bocado como brincar com Legos. E o que eu tu e todos nós aqui gostamos de fazer notoriamente, é brincar com a metrica a sonoridade e o conteúdo espalhando palavras por este espaço.
Silêncios
Lindo e maravilhoso o seu poema, gostei muito!
Um abraço,
MarneDulinski
Silencios
Muito Obrigado Marle. Não te poderia agradecer "Silenciosamente".