Da Surpresa, Tempo I (Cleto de Assis)

Entre os sabores de mar e uva
e palavras jorradas
como a compensar tantos anos de silêncio mútuo:
será a insinuante menina
ou a grave senhora que conta causos
e esconjura trevas
com a mesma afinação de voz do tempo anterior?

Convencionam-se distâncias medidas
com toques suaves de receio e apreensão
em busca de espelhos tardios – quem os perceberá?
Remembranças de morte, conchegos de vida,
juventudes distraídas, sonhos entrecortados,
futuros desconstruídos.
Presente: quem o sabe?

Cleto de Assis, poeta, de "Amarras do Tempo", Curitiba, junho de 2010.

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Martes, Abril 19, 2011 - 12:06

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