8. Ácidas chuvas

Tramas de alinhadas redes cruzadas
teias, enredos
braços decepados…

Derrama-se a natureza em ácidas chuvas
diluvianas, oblíquas
obliquamente diluvianas
na demência dos homens

Já sem a clarividência das límpidas águas

Mitiga-me a sede na ânsia de ter
no vácuo
a imprecisão indefinida dos dias longínquos

A ausência prenhe de ser saudade
fustiga-me no eclodir da noite
onde se perdem de si
os dias
_______________________

Alvaro Giesta

Submited by

Domingo, Mayo 8, 2011 - 20:33

Ministério da Poesia :

Sin votos aún

AlvaroGiesta

Imagen de AlvaroGiesta
Desconectado
Título: Moderador Consagrados
Last seen: Hace 13 años 14 semanas
Integró: 12/28/2009
Posts:
Points: 305

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of AlvaroGiesta

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/General Tantas frases por dizer... 1 2.545 09/12/2011 - 20:41 Portuguese
Poesia/General As loucuras na senda da luz 0 1.574 09/12/2011 - 06:24 Portuguese
Poesia/Intervención É preciso mudar 0 1.739 07/24/2011 - 21:03 Portuguese
Poesia/Meditación FENDE A NOITE O VASTO LUAR 0 1.838 06/06/2011 - 12:24 Portuguese
Poesia/Meditación o céu é longe, aqui (1) 0 1.836 06/03/2011 - 11:37 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación 30. No fundo do tempo a minha alma vazia… 0 1.727 05/13/2011 - 12:31 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación 29. Depois que a névoa cai sobre a terra… 0 1.976 05/13/2011 - 12:30 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación 28. Sóis oblíquos 0 1.677 05/13/2011 - 12:28 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación 27. Paredes meias habito com o sonho que cresce… 0 1.621 05/13/2011 - 12:27 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación 26. Ficaram apenas as memórias 0 2.179 05/13/2011 - 12:26 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación 25. Últimos resíduos da memória 0 2.106 05/13/2011 - 12:23 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación 24. Nos umbrais da noite, o homem… 0 1.827 05/13/2011 - 12:22 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación 23. Nos umbrais da noite, o sonho 0 2.280 05/13/2011 - 12:20 Portuguese
Poesia/Meditación Há dias assim 0 1.482 05/12/2011 - 10:38 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación 22. Ah! “se um dia a juventude voltasse…” 0 1.748 05/12/2011 - 10:03 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación 21. Atropela-se o amanhecer… 0 1.522 05/12/2011 - 10:00 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación 20. Deito-me nesta cama de espinhos... 0 1.558 05/12/2011 - 09:58 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación 19. Multiplicam-se os suplícios… 0 1.503 05/12/2011 - 09:55 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación 18. Onde o mar ladra furiosamente, a vida 0 1.481 05/12/2011 - 09:25 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación 17. Onde as areias da praia se esquecem do mar… 0 1.875 05/10/2011 - 08:57 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación 16. O absurdo “nada” 0 1.573 05/10/2011 - 08:56 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación 15. As silhuetas diluem-se… 0 1.814 05/10/2011 - 08:56 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación 14. Irados os sentidos… 0 1.683 05/10/2011 - 08:54 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación 13. O dia em que a noite ficou mais escura ainda… 0 2.280 05/10/2011 - 08:53 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación 12. Um lugar de luz e espuma 0 1.973 05/08/2011 - 22:16 Portuguese