27. Paredes meias habito com o sonho que cresce…


…de dentro para fora como se fosse um álacre
ou o fermento que leveda a sêmea,
como o calor que a transforma em côdea

E perco o medo de o sonhar

A luz continua a entrar pelas frestas das janelas
entre tábuas mal pregadas
por onde o sonho se esvai

As imagens são os únicos sinais da memória
esquecida
Atravessam os corpos fulgentes raios de luz

Fragmentos de noite
onde não há mais noite nem catástrofes
nem solidão nem lugares outros por descrever
nem sombras nem nada,
dão formas etéreas a um mundo novo por desvendar
_______________________

Alvaro Giesta

Submited by

Viernes, Mayo 13, 2011 - 12:27

Ministério da Poesia :

Sin votos aún

AlvaroGiesta

Imagen de AlvaroGiesta
Desconectado
Título: Moderador Consagrados
Last seen: Hace 13 años 14 semanas
Integró: 12/28/2009
Posts:
Points: 305

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of AlvaroGiesta

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/General Tantas frases por dizer... 1 2.545 09/12/2011 - 20:41 Portuguese
Poesia/General As loucuras na senda da luz 0 1.574 09/12/2011 - 06:24 Portuguese
Poesia/Intervención É preciso mudar 0 1.739 07/24/2011 - 21:03 Portuguese
Poesia/Meditación FENDE A NOITE O VASTO LUAR 0 1.838 06/06/2011 - 12:24 Portuguese
Poesia/Meditación o céu é longe, aqui (1) 0 1.836 06/03/2011 - 11:37 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación 30. No fundo do tempo a minha alma vazia… 0 1.727 05/13/2011 - 12:31 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación 29. Depois que a névoa cai sobre a terra… 0 1.976 05/13/2011 - 12:30 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación 28. Sóis oblíquos 0 1.677 05/13/2011 - 12:28 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación 27. Paredes meias habito com o sonho que cresce… 0 1.621 05/13/2011 - 12:27 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación 26. Ficaram apenas as memórias 0 2.179 05/13/2011 - 12:26 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación 25. Últimos resíduos da memória 0 2.106 05/13/2011 - 12:23 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación 24. Nos umbrais da noite, o homem… 0 1.827 05/13/2011 - 12:22 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación 23. Nos umbrais da noite, o sonho 0 2.280 05/13/2011 - 12:20 Portuguese
Poesia/Meditación Há dias assim 0 1.482 05/12/2011 - 10:38 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación 22. Ah! “se um dia a juventude voltasse…” 0 1.748 05/12/2011 - 10:03 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación 21. Atropela-se o amanhecer… 0 1.522 05/12/2011 - 10:00 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación 20. Deito-me nesta cama de espinhos... 0 1.558 05/12/2011 - 09:58 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación 19. Multiplicam-se os suplícios… 0 1.503 05/12/2011 - 09:55 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación 18. Onde o mar ladra furiosamente, a vida 0 1.481 05/12/2011 - 09:25 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación 17. Onde as areias da praia se esquecem do mar… 0 1.875 05/10/2011 - 08:57 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación 16. O absurdo “nada” 0 1.573 05/10/2011 - 08:56 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación 15. As silhuetas diluem-se… 0 1.814 05/10/2011 - 08:56 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación 14. Irados os sentidos… 0 1.683 05/10/2011 - 08:54 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación 13. O dia em que a noite ficou mais escura ainda… 0 2.280 05/10/2011 - 08:53 Portuguese
Ministério da Poesia/Meditación 12. Um lugar de luz e espuma 0 1.973 05/08/2011 - 22:16 Portuguese