PEDRAS INSEPULTAS


Bastidores bastardos.

Percalços pardos
recordados manequins indiferentes.

Canalha batalha por nada,
por tudo que sequer existe nessa pua.

Navalha de palha
que esconde a agulha da bússola.

A lua em pressas presas
em avessas acesas num coração traído.

Minguante ai,
nova dor cheia de lerdices.

Fantasias em branco,
barranco de poesias carburadas em ansiedade.

Carisma sem prazo,
azo sofisma culpado de solução.

Página triste,
construção em zombar morto.

Salas prolongadas
em falas desapossadas da boca.

O mar como hálito à solta
em cabeças de nevoeiro à volta de si mesmas.

Lesmas suspensas no correr do rio já coxo.

Ser contra-relógio.

Simpósio de bruxas
alcatifadas de pedras insepultas.

 

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Sábado, Julio 2, 2011 - 00:46

Poesia :

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Henrique

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Inspirado e carregado de

Inspirado e carregado de poesia. Um prazer!

Grande abraço!

P.S: Não sei como que aconteceu, mas perdi-o da minha lista de amigos. Felizmente retomámos formalmente esse laço, agradecendo-lhe, daqui, a aceitação do meu 2º pedido)

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