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PARIS
Carpe diem. A mensagem deste fime é cristalina como a água e o filme não pede mais do que ser levado a sério enquanto melodrama que se enforma e cresce à custa das vidas que constituem o quotidiano de uma das mais reconhecíveis e admiradas cidades europeias.
Pela eficácia na forma como consegue alcançar os seus intentos, esta nova realização de Cédric Klapisch merece um genuíno aplauso.
É certo que o modelo já foi utilizado em outras ocasiões, mas este filme comporta consigo figuras que, no seu humanismo triste, se transformam em sólidos retratos de uma certa modernidade urbana.
Este filme é até aparentemente simples na história central que se dá a conhecer logo nos primeiros instantes, um jovem bailarino (o talentoso Romain Duris) descobre que tem uma grave deficiência no coração, algo que o coloca em risco de vida e o força a revalorizar os pequenos momentos que constituem o facto de se estar vivo. O protagonista começa então a olhar para a vida dos outros da sua janela, enquanto se aproxima da sua irmã (luminosa Juliette Binoche), uma assistente social que se cansou de lutar pela felicidade.
É a partir deste núcleo que se fica a conhecer um professor universitário que se apaixona por uma jovem aluna, o seu irmão que tem medo de fracassar enquanto espera para ser pai, um grupo de trabalhadores de um mercado que é abalado por um brutal acidente ou a dona de uma padaria insatisfeita com o perfil das novas empregadas que vai recrutando.
A cidade é aqui o cenário perfeito.
Para se ter consciência e de como é bom apreciar os pequenos prazeres, recomendo que o vejam.
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