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Situação extrema
Assistir ao filme Testemunhas de uma guerra, com Colin Farrell e Christopher Lee nos mostra o quanto uma guerra afeta vidas irremediavelmente, além dos campos de batalha, além de nos fazer ver que, em uma situação extrema, na qual nos vemos forçados a tomar uma determinada atitude, é extremamente difícil distinguir o que é certo ou errado e que há ocasiões em que não podemos julgar os que tomam as atitudes.
Colin Farrell é um fotógrafo de guerra que vai com o amigo cobrir uma guerra em um país no Oriente Médio e ambos testemunham as atrocidades que os seres humanos são capazes de cometer, vidas destruidas por uma guerra insana que dura há longos anos e situações extremas em que se pode perder a vida em um breve instante. No meio da insanidade, os dois amigos presenciam algo que lhes choca. O médico de um exército, quando vê que alguns feridos não têm chance de sobreviver, pratica um ato que poderia parecer monstruoso à primeira vista: dá-lhes um tiro na cabeça para que morram rápido. Pode-se chamar este médico de assassino? Em momentos assim, é muito tênue a linha que separa o bem do mal.
O amigo de Colin vai se desesperando e resolve ir embora. Depois, o personagem de Colin, ferido, é resgatado e, após se recuperar, volta para casa. Porém, a sua esposa e a do amigo perguntam por ele, que dá apenas explicações vagas para seu desaparecimento, dando a entender que se desencontrou dele. Sua esposa desconfia que algo está errado, porque ele começa a se comportar estranhamente, dando sinais de estar muito perturbado. Resolve, então, chamar seu avô, um psiquiatra, para ajudá-lo. No início, o personagem de Colin se mostra esquivo mas vai, pouco a pouco, demonstrando que ocorreu algo que ele não está conseguindo encarar e o psiquiatra o faz ver que, muitas vezes, é preciso mais coragem para encararmos nossos fantasmas do que para fotografar situações de guerra. Muito além dos campos de batalha, a guerra continua afetando vidas. Afetou a vida de Colin, sua esposa e da esposa do amigo. Terá o outrora intrépido fotógrafo coragem para se defrontar com seus tormentos e assumir o que fez?
Como diz o personagem do psiquiatra, não podemos distinguir tudo apenas em preto ou branco. A vida é muito mais complexa do que podemos supor e nós, seres humanos, não podemos julgar as pessoas por agir de determinada forma. Afinal, como nós mesmos agiríamos? O filme tem interpretações marcantes. colin mostra, de forma, convincente, toda a angústia do personagem. Christopher Lee, contido, personifica bem o psiquiatra, que se dispõe a ouvir sem julgar, vivendo bem o princípio de ouvir sem julgar. Julgar, em muitas ocasiões, pode ser uma atitude mesquinha e até cruel.
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Comentários
Comentário ao texto "Situaçao extrema" de Ateneia
Antes de mais boa noite!
Não venho nem confirmar nem desmentir a sua crítica ao filme que aqui relata. Venho apenas porque, ao ler este seu texto reparei num pormenor que não pude deixar passar pois parecendo pequeno não o é e sem pretender magoar ou ofender venho apenas chamar a sua atenção para que de futuro o corrija.
Dizia eu então, ter reparado ao longo do texto no seguinte:
... em uma situação extrema...
... em um país no Oriente Médio...
Ora deve escrever-se:
... numa situação extrema...
... num país no Oriente Médio...
Dado que a quando a proposição em encontra o artigo indefenido um ou uma contraem-se (em+um= num / em+uma = numa) e ora resulta num ora numa. É que, não só não soa bem como não é bom português. Espero que não tenha levado a mal pois não pretendi magoar mas apenas corrigir e sinta-se livre de fazer o mesmo caso erre! Errar é humano!
Continuação de um bom fim de semana!
Laura
Ateneia
São neste momento (em Genebra) 11h da manhã de Segunda-feira 4 de Abril e resolvi voltar ao meu comentário à tua crítica porque ontem depois da correcção que pretendi fazer e depois também de muito leitura aqui pelo "site" dei-me conta que são vários os textos escritos em português sim, mas do Brasil o que faz uma certa diferença, a qual ainda por cima nem sequer domino o suficiente. Aliás devo mesmo confessar que não tendo nada contra o novo acordo ortográfico resolvi não o adoptar porque o vejo como um esforço ao qual pura e simplesmente não me quero obrigar o que dará o direito a outros de também me corrigir em vão, não porque o levasse a mal mas antes porque como já o disse não tenho qualquer intenção de o adoptar!! Logo concluí que não me ficaria mal corrigir a mão (desta vez a minha) e pedir-te que não leves a mal. E se não me limitei a apagar o comentário inicial foi porque pensei que (se fores curiosa como eu) talvez te pudesse interessar saber destas, digamos, ligeiras divergências linguísticas! Tem um bom dia e uma excelente semana! Lemo-nos por aí! Laura