CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
A Jóia - Ato Segundo - Cena VIII
Cena VIII
O Joalheiro, Carvalho
Carvalho (Entrando.) - Ora viva! (À parte.) Ele por cá!
É mau sinal... (Vendo a jóia.)
E os brilhantes...
O Joalheiro - ‘Stava aqui há alguns instantes
a sua espera.
Carvalho - Onde está
Valentina?
O Joalheiro - Saiu; tinha
algumas voltas que dar.
Carvalho - E o senhor vem cá buscar
o quê?
O Joalheiro - Eu lhe digo... eu vinha...
Carvalho - Para que voltou aqui?
O Joalheiro - Saiba Vossa Senhoria...
Carvalho - Uma ridicularia
pela jóia ofereci.
Não quer decerto vendê-la
por quatro contos...
O Joalheiro - A instâncias
das minhas circunstâncias,
sou obrigado a cedê-la. (Dando-lhe a jóia.)
Aqui tem. Tudo isto é seu.
De não vendê-la com medo
a qualquer outro, é que a cedo
pelo que me ofereceu.
Carvalho (Sem aceitar a jóia.)
- O quê? Pois por quatro contos
quer ma ceder?... Vale seis!
O Joalheiro - De quatro contos de réis
nós precisamos de pronto.
Se inda agora não cedi,
foi porque tinha contado
com eles por outro lado..
É sua jóia: ei-la aqui! (Entrega-lha.)
É pechincha! Mas... que quer?
Tenho uma letra a vencer-se... (Vendo o relógio.)
E não me dá que converse
vinte minutos sequer.
Carvalho - Se Valentina tivesse
dinheiro acaso, diria
que entre o senhor e ela havia
combinação.
O Joalheiro (A meia voz.) - Mas, se houvesse,
eu, muito em particular,
Tudo diria.
Carvalho - Acredito
(À parte.) Outro remédio - bonito -
não tenho senão pagar!
O Joalheiro - Veja que esplêndidos são!
Veja que são opulentos!
Carvalho (deita a caixa da jóia sobre o sofá, tira do bolso a carteira e dá notas do banco aO Joalheiro.)
- Oito notas de quinhentos!
O Joalheiro (Depois de conferir e guardar o dinheiro.)
- Da nossa casa o cartão
aqui tem.
Carvalho - Faça favor...
Traz estampilha?
O Joalheiro - Sim, trago...
Carvalho (Apontando para a secretária.)
- Diga-me ali que está pago.
O Joalheiro - Pois não; é pouco trabalho.
(Senta-se à secretária, toma papel e pena.)
Seu nome? - Que bom papel!
Carvalho - O Tenente-coronel
Joaquim dos Santos Carvalho.
(O Joalheiro escreve. Á porta da esquerda, segundo plano, aparece João de Sousa.)
Submited by
Poesia Consagrada :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1706 leituras
other contents of ArturdeAzevedo
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia Consagrada/Soneto | Eterna Dor | 1 | 2.205 | 10/20/2020 - 20:06 | Português | |
![]() |
Fotos/ - | Artur de Azevedo | 0 | 1.980 | 11/24/2010 - 00:37 | Português |
Poesia Consagrada/Teatro | Amor por Anexins - Intodução | 0 | 2.258 | 11/19/2010 - 16:53 | Português | |
Poesia Consagrada/Teatro | Amor por Anexins - Cena I | 0 | 2.436 | 11/19/2010 - 16:53 | Português | |
Poesia Consagrada/Teatro | Amor por Anexins - Cena II | 0 | 2.487 | 11/19/2010 - 16:53 | Português | |
Poesia Consagrada/Teatro | Amor por Anexins - Cena III | 0 | 2.366 | 11/19/2010 - 16:53 | Português | |
Poesia Consagrada/Teatro | Amor por Anexins - Cena IV | 0 | 2.247 | 11/19/2010 - 16:53 | Português | |
Poesia Consagrada/Teatro | Amor por Anexins - Cena V | 0 | 2.386 | 11/19/2010 - 16:53 | Português | |
Poesia Consagrada/Teatro | Amor por Anexins - Cena VI | 0 | 2.059 | 11/19/2010 - 16:53 | Português | |
Poesia Consagrada/Teatro | Amor por Anexins - Cena VII | 0 | 2.321 | 11/19/2010 - 16:53 | Português | |
Poesia Consagrada/Teatro | A Jóia - Ato Segundo - Cena VI | 0 | 1.193 | 11/19/2010 - 16:53 | Português | |
Poesia Consagrada/Teatro | A Jóia - Ato Segundo - Cena VII | 0 | 1.166 | 11/19/2010 - 16:53 | Português | |
Poesia Consagrada/Teatro | A Jóia - Ato Segundo - Cena VIII | 0 | 1.706 | 11/19/2010 - 16:53 | Português | |
Poesia Consagrada/Teatro | A Jóia - Ato Segundo - Cena IX | 0 | 1.329 | 11/19/2010 - 16:53 | Português | |
Poesia Consagrada/Teatro | A Jóia - Ato Terceiro - Cena I | 0 | 1.975 | 11/19/2010 - 16:53 | Português | |
Poesia Consagrada/Teatro | A Jóia - Ato Terceiro - Cena II | 0 | 1.800 | 11/19/2010 - 16:53 | Português | |
Poesia Consagrada/Teatro | A Jóia - Ato Terceiro - Cena III | 0 | 1.999 | 11/19/2010 - 16:53 | Português | |
Poesia Consagrada/Teatro | A Jóia - Ato Terceiro - Cena IV | 0 | 1.933 | 11/19/2010 - 16:53 | Português | |
Poesia Consagrada/Teatro | A Jóia - Ato Terceiro - Cena V | 0 | 2.094 | 11/19/2010 - 16:53 | Português | |
Poesia Consagrada/Teatro | A Jóia - Ato Terceiro - Cena VI | 0 | 2.362 | 11/19/2010 - 16:53 | Português | |
Poesia Consagrada/Teatro | A Jóia - Ato Terceiro - Cena VII | 0 | 1.941 | 11/19/2010 - 16:53 | Português | |
Poesia Consagrada/Teatro | A Jóia - Ato Terceiro - Cena VIII | 0 | 2.010 | 11/19/2010 - 16:53 | Português | |
Poesia Consagrada/Teatro | A Jóia - Ato Terceiro - Cena IX | 0 | 1.729 | 11/19/2010 - 16:53 | Português | |
Poesia Consagrada/Teatro | A Jóia - Ato Primeiro - Cena II | 0 | 1.299 | 11/19/2010 - 16:53 | Português | |
Poesia Consagrada/Teatro | A Jóia - Ato Primeiro - Cena III | 0 | 1.267 | 11/19/2010 - 16:53 | Português |
Add comment