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Amor até à loucura - Amar até à morte
O amor em mim, existe como força maior
através da alegria que dele sinto, que nele vivo.
Através da beleza com que ele dota
tudo quanto me rodeia com imortalidade.
Através do necessário
que me faz ser uma pessoa suficiente para amar.
Que me faz sentir através da loucura que sou amado.
Até nas lágrimas, o amor engrandece os suspiros
onde encontro a verdade de amar.
O amor é um lugar de purezas,
um caminho por onde as almas são pérolas brilhantes.
O amor é um momento
de mãos cheias de tudo para dar, de tudo para receber.
Amar até à loucura. Amar até à morte.
Quando se ama,
o amor é uma solidão devota à solidão do outro.
No amor, os corpos repousam
numa dádiva que alimenta a luz do sol.
Os braços abrem-se como biscoitos recheados de chocolate.
As bocas enobrecem-se de beijos.
Beijos que afastam os males do mundo,
beijos devorados em êxtase, sorvidos em poesia.
Os olhos iluminam-se
de multidões arrebatadas de felicidade.
As palavras respiram alvoradas graciosas,
alvoradas de quem renuncia a tudo por amor.
Os sorrisos rasgam-se num pôr-do-sol que traz consigo
as estrelas mais luzentes da noite para celebrar o amor.
Através do amor invadimos o infinito.
As horas são pulsares de sofreguidão,
as carícias são um rio de actos loucos.
Diante o amor, a tristeza é uma pedra pontapeada.
A vida uma fogueira que arde no corpo.
O amor dá-nos sensações de nós próprios,
apresenta-nos à pessoa feliz de frente a nós no espelho.
Domado pelo amor,
o vazio torna-se num cálice
onde cada olhar é um trago de água fresca.
Por amor, até o deserto mais extenso
fica reduzido a uma pétala, uma flor na nossa sede.
Os próprios cactos da vida são um mar de rosas.
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