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A ANDAR À RODA
Andar à roda, nas voltas da Vida,
No carrossel da Morte.
Ficar presa e perdida
Na boa ou má Sorte.
E depois? Não me interessa o Futuro.
E Agora? Não me interessa o Presente.
Só a Vida que aturo,
Só Aquilo que se sente,
(Me interessa e me angustia.)
A andar à roda, nas voltas da Morte,
No carrossel da Vida.
Na boa ou má Sorte
Ficar presa perdida.
(E depois? Estou farta de fazer perguntas.)
Era uma bola colorida
Que andava às voltas.
Mas não nas voltas da Vida,
Porque as Mortes andavam soltas.
Era uma bola de cores
Pertencia à minha filha
Que nunca tinha visto flores.
Morava numa ilha
Dentro da minha barriga
E depois nasceu.
Nasceu da dor e fadiga
Quando a Morte morreu.
A minha filha chama-se Vida.
O meu amor chama-se Morte.
Ando à roda, perdida
Sou fraca e sinto-me forte,
Ou talvez não!
Calem-se! Está farto, o meu ouvido,
De ouvir a vossa voz
Andar à roda sem sentido.
Pensem, como nós,
Pensar não dói e sabe bem.
É maior o meu sofrimento
Tentar achar sentido no que não tem.
Procurar um pouco de sentimento
Onde este nem tem lugar,
Vocês fazem tudo tão banal.
Nunca se preocupam em procurar?
Procurar para além do mundo real
Em sonhos, a Vida, a Morte, a Calma,
As bolas coloridas
A andar à roda na vossa Alma.
Pobres criaturas perdidas...
Deixa-me andar à roda no veneno
Da tua boca.
Imagina um feiticeiro pequeno
Com a voz rouca,
Vestido de branco.
Sonha muito, intensamente,
Sonha que te arranco
O veneno todo, ousadamente,
E morro deliciada
A cabeça a andar à roda, louca,
A Alma saciada,
A Morte na minha boca.
A Alma dele vinha montada
Na Alma dum cavalo branco.
Salvou-me, fez-me sua amada,
Saí do quarto onde me tranco,
Pela sua Alma acreditei no Amor,
Dei-lhe a mão e caminhei,
Entrei num reino de horror
De coisas que só eu sei.
Mas é um horror querido,
Chama-se conhecimento
Daquilo que tenho sentido,
Mas mais forte que o sentimento.
A Andar à roda, tonta,
E uma Alma outra Alma monta.
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