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Aparências de Sol-e-Dó à harpa da noite


A filosofia da vida
é uma enguia escrita na ponte dos olhos.

Fémur coçado por pés
de quem foge ao movimento dos astros.

Velha e gasta, a pedra
das palavras atiradas à têmpora do vento.

Sopro de pássaros inseguros
na nuca da janela voltada à bexiga do mar
que urina vasto o imaginário imerecido na alma.

Sono que desce os degraus surdos do sonho.

Maça de solidão desfeita em vapores de fogo
cujo caroço é um osso de sombras na morada da saudade.

A África do silêncio é o cálcio da pua dos poetas.

Desesperos à proa
de um céu de naftalinas trituradas
em escasso beijo de tamanhos suculentos.

Lábios transportados à cabeça do pôr-do-sol.

Ombros de amor carregam violinos
engomados por árvores que não dão fruto.

Aparências de sol-e-dó
da cor do grilo espetado à harpa da noite.

Ilusões soltas
pelas vísceras do pensamento,
alteiam muros de sémen que peja
as pernas do poema com infinitos de nada.

Semente da tarde arada em solo
de prantos que dão flores de foices
para ceifar as dunas da distância fiada.

Praia deserta na madrugada de areia ligada
à curva da terra por um cordão umbilical entupido.

 

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segunda-feira, maio 16, 2011 - 10:49

Ministério da Poesia :

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Henrique

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