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Até Isto Passar

Há exactamente na hora em que acordo
Uma réstia de ti.
Há no levantar-me da cama
tomar banho vestir-me e calçar-me
Uma réstia de ti.
No silêncio que a tua ausencia se apoderou
Há também uma réstia de ti.
No trabalho nos diálogos com outros
Na hora de almoço, no pedir a conta
Pagar e partir
Uma réstia de ti
Nesta bebedeira da tua falta
Que demora a passar
Não há medicina
conselho ou morfina
Que erradique de vez
O facto de não estares aqui.
E chega o fim da tarde
em que nos reuniamos depois do dia passar
Um estrangulamento
Uma falta de ar
Para a qual não existe bomba de asma
Que faça com que a tua presença em memória
Me leve para outro lugar.
Há o jantar
O preparar do mesmo
O copo de vinho
As duas três horas só nossas
Que não as escrevo aqui
Para que continuem sempre a ser só nossas.
Aquela rotina que hoje desatina
Por estares noutro lugar
Com outro deitar
Porque chegaram as horas do dia cansado
E também eu estoirado por dentro e por fora
E sei que me espera o mesmo acordar.
Até isto passar..
..até isto passar.

 

Carlos Cabecinha
 

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segunda-feira, fevereiro 21, 2011 - 13:10

Ministério da Poesia :

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