CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Caminho, por não ter fé ...
Segundo o Endovélico, é privilégio da fé individual de cada ser, tomar um lugar sagrado como lugar religioso ou tornar um legado, religião instituída, depende da empatia pessoal e fiduciária do Xamã, mais que da energia dispensada por uma simples vela barométrica ou do binómio gozo/usufruto e não tanto do clima e da energia despendida e experimentada nesse nevrálgico e frágil ponto que pode ser ubíquo, omnipresente em qualquer parte ou domínio consciente, lugar onde nos predispomos a aceder o divino e onde não há razão para duvidar e para deixar de sentir omnipotente, o universo como peculiar ou particular em nós e exclusivamente.
Uma corrente humana não passa disso mesmo, de um mega-elo verbal e metafísico e a exposição ou predisposição pretensamente panteísta desse elo, podendo ser ortodoxo ou heterodoxo (embora tente convencer-me do contrário) pode ser balizado por argumentos não actuantes, distintos da função onde assentam os meus princípios e a missão humana que serve de orientação das minhas emoções funcionais vitais mais primárias e dominantes.
Essa subjacente emoção, traz consigo o que se pode considerar um selo empático, se o individuo puder explicar-se pelo pensamento e não por acções que redundam a realidade de um mal social maior, que define determinado paradigma, como amoral entre entes imorais, em que uma palavra define outra e outra, assim por diante, como um ser se define definitivamente e infinitamente como inferior ou superior, pela educação ou a irreparável falta dela, se aplicada irracionalmente, com todas as consequências.
Justifico-me plenamente pela religião, pelo que ela comporta mais que pela verdade evidente, reduzo-me até ao mínimo absurdo, mas primo pelo direito de conservação da minha racionalidade espiritual e conceitual, excluindo os outros, a partir de um certo ponto, apago-os da minha existência, da minha condição de residente nos elevados subúrbios, embora viva a simplicidade das flores no quintal que cultivo.
O que me distingue e á minha tese panteísta, é a função de esgaravatar buscando por almas humanas também elas na busca de outros desses eles, nos locais mais recônditos e isso implica abdicar de determinados conceitos estéticos, que vejo sendo abduzidos e reduzidos, a uma trama sem carácter, à qual não tenho outro remédio, senão disciplinarmente me afastar e conscientemente denunciar a coarctação de pensar -liberdade e o direito inalienável - de me conspurcar de todos os desmandos possíveis e imagináveis á luz da verdade, liberdade, excepção e bom gosto.
Sou contra quem me erguer defronte um muro, em nome da liberdade, senão contra mim que seja, e não procurar um eclectismo intelectual, talvez ilusório e teatral, revoltar-me contra mim até, se for o caso e sair deste marasmo em que me sinto tolhido e sem argumentos aumentativos, confinadamente assentes e com sentido, é este o primeiro passo para o meu progresso mental poético e argumentativo.
Sempre criei poesia de base zero, anuindo natureza a dois números primos, com a hipótese de, dentro do meu espírito, o colorido tinte uma polícroma dimensão, não digo geométrica, mas volumétrica que pode ser tocada por quem do-lado-de-fora também tenha uma designação não convencional, para as duas linhas separando os olhos, servirem de interlocutor lúcido ao queixo em baixo.
Sobra-me finalmente uma tristeza que é não ter eco de vozes incógnitas, ou quórum de querubins sem sexo, fazendo piruetas, mas porque havia de ter, sendo de única via a estrada que trilho e o tino igual à distãncia que me separa deles, externos a mim, salada em geral insone, insonsa e genericamente incomoda, que não gosto de ver nem sentir, tudo depende da minha marcada objectividade, mascarada de manufacturadas realidades, por não precisar de melhor e, deixar de escrever, não é deixar de escrever, já que o meu phatus, ou sentimento de imensa paixão não é feito de papel pardo ou faca, nem é jornal de forrar parede de caixote de lixo.
De facto não me merece respeito quem não me respeita, nem os meus sinais e até rejeita esta grainha rejeitada e a relatada redacção, é a básica matéria-prima que possuo, nesta cara fria por fora e por dentro limão, e é-me tão ou mais cara que o preço de um café, sorvido apressadamente ao balcão.
Falta-me qualquer argumento que qual, ainda não sei qual, mas dou-me por satisfeito e retiro-me com estas divagações redigidas à pressa, para que a vossa desatenção ou a atenção parcial não desbote, já que sobriedade não tenho, nem peço aos periféricos deuses por tal, pois perfeito é desumano e eu não desconsidero a aproximação ao sublime.
Adoramos o que não podemos ter, e eu ouço a respiração da natureza como um Endovélico Dom, ou um efeito alterado da percepção imaginaria, não como uma vantagem de quem mora um andar mais alto e elevado, mais que a maioria dos inquilinos desta cidade mal parida, mas que deixou de ser refúgio sacro para mim.
Os pensamentos surgem-me nas mesquitas, às esquinas, nos cotovelos presentes em mesas, cadeiras e chávenas de café quente e quando menos reparam em mim, em nós outros, passageiros das passadeiras brancas e pretas, olhando no fixo do olhar vazio dos nossos semelhantes, de quem nem vê quem lá anda, quem lá passa de manso.
Sinto uma inveja profunda da realidade e de imensas coisas que tornam monótona a contemplação do mundo exterior a mim, como uma paixão visual, manifesto-me pela escrita argumentativa e na poesia não decorativa, o que diminui ainda mais o efeito ilusório da realidade, sensação congénita em mim.
As coisas que procuro, não estão em relação a mim, quanto eu em ligação a elas; encolho os ombros e caminho devagar, por não ter cura para este mal-entendido com a realidade e retiro-me com o pressentimento de não voltar eu próprio, por via de me ter tornado outro mais puro e poroso, por fim magnânimo, ao ponto de nada ser igual ao que era, quando volto a cabeça e olho para trás, sobre o ombro...
Jorge Santos, aliás Joel Matos
8 Abril 2019
Submited by
Ministério da Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 2744 leituras
Add comment
other contents of Joel
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Geral | Venho assolado p'lo vento Sul | 0 | 1.454 | 11/13/2013 - 13:22 | Português | |
Poesia/Geral | Ainda hei-de partir por esse mundo fora montado na alma d'algum estivador | 0 | 870 | 11/13/2013 - 13:21 | Português | |
Poesia/Geral | Pressagio | 0 | 2.288 | 11/12/2013 - 16:27 | Português | |
Poesia/Geral | Dai-me esperança | 0 | 2.342 | 11/12/2013 - 16:26 | Português | |
Poesia/Geral | Quando eu morrer actor | 0 | 1.133 | 11/12/2013 - 16:25 | Português | |
Poesia/Geral | Meca e eu | 0 | 858 | 11/08/2013 - 11:08 | Português | |
Poesia/Geral | Quem | 0 | 1.031 | 11/08/2013 - 11:07 | Português | |
Poesia/Geral | houve tempos | 0 | 730 | 11/08/2013 - 11:05 | Português | |
Prosas/Outros | GR 11 (14 dias) correndo de Irun a Cap de Creus | 0 | 1.486 | 11/07/2013 - 16:37 | Português | |
Prosas/Outros | O regressO | 1 | 2.373 | 11/07/2013 - 16:34 | Português | |
Prosas/Outros | Mad'in China | 0 | 1.646 | 11/07/2013 - 16:31 | Português | |
Poesia/Geral | Tenho escrito demasiado em horas postas | 2 | 1.855 | 11/07/2013 - 12:59 | Português | |
Poesia/Geral | Vivesse eu... | 0 | 1.785 | 11/07/2013 - 12:31 | Português | |
Poesia/Geral | Na cidade fantasma... | 0 | 576 | 11/07/2013 - 12:30 | Português | |
Poesia/Geral | Pudesse eu | 0 | 896 | 11/07/2013 - 12:29 | Português | |
Poesia/Geral | Quando eu morrer actor | 0 | 733 | 02/16/2013 - 23:02 | Português | |
Poesia/Geral | O que é emoção e o que não o é... | 0 | 1.157 | 02/16/2013 - 23:01 | Português | |
Poesia/Geral | Sombras no nevoeiro | 0 | 1.013 | 02/16/2013 - 22:59 | Português | |
Poesia/Geral | o dia em que o eu me largou | 2 | 1.268 | 12/30/2011 - 13:24 | Português | |
Poesia/Geral | ciclo encerrado | 0 | 1.644 | 03/11/2011 - 23:29 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | gosto | 0 | 1.922 | 03/02/2011 - 16:29 | Português | |
Poesia/Geral | A raiz do nada | 0 | 976 | 02/03/2011 - 21:23 | Português | |
Poesia/Geral | Tão íntimo como beber | 1 | 947 | 02/01/2011 - 23:07 | Português | |
Poesia/Geral | Gosto de coisas, poucas | 0 | 1.441 | 01/28/2011 - 18:02 | Português | |
Poesia/Geral | Luto | 1 | 1.679 | 01/15/2011 - 21:33 | Português |
Comentários
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.