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Numa qualquer vida dada ao tempo


Todo o caminho desde o início
fora orgulhos sem adeus.

No fim, estarei lá no amor
que se perdeu nas tábuas de um caixão.
Um caixão feito de distâncias que um dia
sepultaste no teu céu negro.

Céu a quem chamavas de saudade,
a tua melhor mentira.

Todo o caminho desde o início
fora o amor o nosso cantinho.

Um ninho que deixaste
numa qualquer vida dada ao tempo.
Um tempo onde as estrelas que comigo contavas
ficaram insanas.

Pelo meio se comigo sonhavas, mentistes-te.

Éramos jardim, foste flor que nos foi arrancada.

No fim, serás a pessoa que se foi embora,
alguém que outrora inventou o fogo em mim.
Alguém que um dia foi vento e me apagou a chama.

Nesse fim, apenas te vejo
do lado de lá do muro que ergueste de frio,
um gelo ardente a quem chamas arrependimento.

Todo o caminho desde o início
fui um soldadinho de chumbo à tua espera.

No fim, nada saberás do meu lar.
Um lar de solidões onde nunca saberei
o quanto de ti precisei e não estiveste.
O quanto de mim precisaste e não quiseste.

Foste início celeste, o fim agreste.
O nunca do adeus.

 

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sexta-feira, maio 13, 2011 - 20:10

Ministério da Poesia :

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Henrique

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