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É QUANDO A CHUVA CAI A SAUDADE A MINHA JANELA


É quando a chuva cai
a saudade a minha janela.

É essa chuva a minha rua.

É quando o vento sopra
que tento ouvir-me na sua dor
por entre as arestas que me matam de solidão.

A hora em silêncio
que me amordaça os olhos
como carapaça deixada no deserto.

É quando o frio
geia as flores que consigo ver-me
na morte dos seus perfumes e cores.

Sol em escuridão,
como última canção em Braille.

É quando a noite cai
que abro as minhas asas.

Voo para pintar no céu
o azul que a lágrima manchou cinzento.

É a lua a pedra
onde uivo o meu arder triste.

Voz manuscrita
pelo murmúrio do mar,
o grito como uma praia sem ondas.

É quando me morre
o corpo o poema o meu gesto.

É o longe o meu verso,
vertigem de onde a minha alma salta.

 

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sexta-feira, junho 24, 2011 - 10:21

Poesia :

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Henrique

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Comentários

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É quando...

Nostalgia de momentos, a noite amante de dessossegos...

A chuva, tão provocadora de sentires especiais!

:)

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