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ÍRIS CEGA …

Pertos fora de mão.

Momentos cobertos por sequidão.

Multidões metálicas em contramão.

Páginas desfolhadas em branco
numa grinalda criatura que não dorme.

Desconfortante cliché de sinceridades vermes.

Infusões fúcsias.

Beijo descartável em fusos ecléticos.

Cinzentos olhos a olhar
os adornos do mar.

Caneta violenta
a gatinhar granjeada por arroubo frio.

Pressa de venta acelerada
por um fio de barbas em poses piratas.

Iras intelectuais.

Mentiras mentecaptas.

Sombras cor-de-rosa almofadadas de pedra.

Lágrima que medra
para um rio de intervalos amplos.

Cais tardio.

Ponte de pavio curto em íris cega.

Desapaixonados cavalos adulterinos.

Crucifixo sonâmbulo que o Diabo por mim carrega.
.
.
.
.

Submited by

domingo, abril 22, 2012 - 12:31

Poesia :

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Henrique

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Comentários

imagem de KeilaPatricia

Muito bom gostei... ;)

Muito bom

gostei...

;)

imagem de Henricabilio

mente capta

Íris
que destilam mais
e mAis
iras
lacrimais.

envio um abraç0o!

Abilio

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