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ACRONOMIZEI-ME …
Caí,
parti o olhar.
Importei-me.
Perdi.
As palavras sabem-me a sede.
Apalpo-me,
meu rosto está sem norte.
A boca calou-se,
fechou-se em cardos,
o silêncio lança os dardos à solidão.
As pedras voam.
Os pós entranham-se nos lábios do tempo.
As roldanas das horas param.
As semanas mentem.
Os anos falam.
As sementes somem-se.
As fomes consomem-se umas às outras.
Acronomizei-me siglamente.
S er…
E u…
R esnascer…
E star…
I nventar-me…
Voltar a domar-me!
.
.
.
.
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sábado, maio 5, 2012 - 17:48
Poesia :
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Comentários
"As fomes consomem-se umas às
"As fomes consomem-se umas às outras"
Afinal, esta é a dinâmica da Nova Era.
Bela dissertação, Henrique.
:-)
Serás! Amém.
Serás!
Amém.