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Afinal ainda é cedo para dormir

Se acende a luz no vão frio da escada
se escondem de mim fadas e grifos,
subo sem pressão nem desespero
com a paciência que não sabia ter,
enquanto a besta sempre apressada
deixa morrer na garganta os gritos
em ruas que parecem um enterro,
muito lentas para quem quer correr.

As mãos nuas cansadas de trabalhar
com calos secos que não deixam que doa
agarram em brasas toda a tarde
sem que a dor bruta me faça ceder,
só uma mente limpa pode dobrar
o imenso medo que nunca perdoa
enquanto encontro a minha verdade
no fumo de um charuto que está a arder.

Deixo a vida com o tempo seguir
como uma flor na serra isolada
que se agarra à fenda do rochedo
onde nem a urze consegue crescer
nem a cabra teimosa consegue ir
na escarpa só pelo sol beijada
que quer poder ser bela em segredo
tranquila no seu doce envelhecer.
 

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quarta-feira, junho 15, 2011 - 01:02

Poesia :

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