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Alma ostracizada
Há um precipício eminente
Uma falésia escarpada
Um delírio imprudente
A vida feita de fachada
Já não se redime o tempo
A alma foi ostracizada
Verte a aspereza da inércia
A aridez do despautério
No mundo só leviandade
Há um surto febril de larvas mortas
Um derradeiro estio humano
Inibem-se ressonâncias metálicas
Diapasão feito de orgasmos
Gemidos mudos de embaraço
Tudo o que eu sinto e já não faço
Maria Fernanda Reis Esteves
50 anos
natural: Setúbal
nandaesteves@sapo.pt
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domingo, maio 9, 2010 - 18:58
Poesia :
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Comentários
Re: Alma ostracizada
De facto... sou obrigada a inclinar-me perante a poesia de alguém que, desinibidamente reconhece em nova fase da vida, as exigências maiores, fortes e nunca vulgares.
Beijinho
Carla
Re: Alma ostracizada
Nanda,
Mais um muito bonito poema teu!
Estou adorando ler-te...
Beijo,
ila.