Amar-te

Amar-te

Eu queria tanto poder amar-te.
Mas nem sol ou lua posso ser.
O que sou se não apenas um grão neste oceano terrestre.
Eu queria tanto, por enquanto e neste instante,
poder amar-te.

As vontades são tão levianas, amor, tão...levianas.
Que nesta semana ou passada, de madrugada, acordei com sede de ti,
mas tive que me contentar com a água do velho pote de barro.
Que de tão fria, me fez correr para a cama,
e voltar a dormir.

Será que é a ilusão de nunca ter te beijado, segurado tua mão,
de ter ouvido tua voz emocionada, sentido teu cheiro,
ou ter te abraçado, que alimenta esta minha paixão.
Eu queria tanto amar-te sem esse medo da idade,
da cidade, do novo, do povo,
ou da ilusão.

Eu queria tanto poder amar-te.
Como se naturalmente, fôssemos um para o outro,
que ninguém se importasse, que nosso único mundo,
fosse...único, como se vivêssemos em Marte.
E que se somente amar-te, assim, fosse tudo!

ZéReys – poeta Procopense.