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AO LEME DO MEU OLHAR


Desolado ênfase me atraca
ao sofisma de um fonema mudo.

Palavras coitadas,
vertidas em tempestade do céu-da-boca.

Desperdiçadas qual esgoto da alma
desemboque no rio da vida.

Dobradiças de ontem
contorcionam os lábios descosidos da saudade.

Tormenta qual Adamastor
me beijasse colossal os olhos.

Janelas distorcidas,
abertas ao vazio como cálice de tesouras
me cortasse o cordão umbilical aos sonhos.

Passos que se arrastam
sobre vidro quebrado em bafos
que embaçam a noite com solidão.

Poemas suspensos num grito de traços
que desenham sombras demoníacas.

Olhares de musas qual esboço
fosse a beleza de tudo e de nada.

Momentos de mar,
imensidões que me afogam sentimentos
outrora titãs ao leme do meu olhar na maré de ser.

Amanhãs como xaile
de lágrimas arrependidas, razões
perdidas por entre nuvens de adeus sem adeus.

Hoje como rouquidão
emoldurada na tela das mãos escravas
de preces a Deuses que ninguém conhece pessoalmente.

 

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sábado, agosto 6, 2011 - 23:02

Poesia :

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Henrique

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