CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
ASCÍGERO
Não sei em que país me criei
Onde aprendi as coisas que sei.
Não entendo nada de impérios,
Deuses, Deus, dogmas e mistério.
Não entendo o que compreendo
Não sei compreender o mundo que entendo
Nada me elucida o segredo latente
Que se abrigou em mim ao saltar do ventre.
Não foram, decerto, os sofrimentos de Geovalina
Nem a rispidez de Olívia
Nem o segredo guardado da morte de Sebastião
Nem a rudeza de Seu Geraldo que era só coração.
Talvez haja algo em mim, sobrando
Que recorde um navio baloiçando
Com seus marinheiros cansados
Rescendendo a cio, sal e aço.
Nada ficou do seminário, asco
Dos vários trabalhos, a alegria de Carvalho
A gentileza de Luiza; o primeiro combate;
O suor, ódio, pena, raiva que ainda arde.
As traições, ah, quantas me adoeceram
Os amigos que partiram; os que se esqueceram
Que o que separa o homem do animal
É o acessório, nunca o principal.
Hoje, nesta praia quase abandonada
Fico vendo as ondas que dão em nada.
Recordo os dias e noites; os poucos amores
Amados em preto e branco, ansiosos de cores.
Não sei onde aprendi a entender as coisas que sei,
A ver o mundo como vejo, a duvidar de homens, leis
Não sei em que mundo me fiz
Sei, apenas, que não tinha os ódios daqui
Os rancores, essa tristeza tangendo o olhar
Obrigando a sais e ácidos para menos sangrar.
O que sei, fica estagnado, boiando na dor
À espera da mão caridosa que o descubra amor.
Onde nasci
Não tinha as coisas daqui
Essas noites daqui.
Essas dores daqui.
As gentes daqui.
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 476 leituras
other contents of jgmoreira
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Poetrix | AMOR DE TODAS AS VIDAS I | 0 | 662 | 07/23/2011 - 23:03 | Português | |
Poesia/Poetrix | AMOR DE TODAS AS VIDAS I | 0 | 877 | 07/23/2011 - 23:03 | Português | |
Poesia/Geral | VOO NOTURNO | 3 | 856 | 03/26/2011 - 12:58 | Português | |
Poesia/Geral | TEOPSIA | 1 | 1.118 | 03/26/2011 - 03:02 | Português | |
Poesia/Geral | VIVÊNCIAS | 0 | 741 | 03/26/2011 - 01:02 | Português | |
Poesia/Geral | VISTA PARA O TEJO | 0 | 808 | 03/26/2011 - 01:01 | Português | |
Poesia/Geral | VENTOSO | 0 | 963 | 03/26/2011 - 01:00 | Português | |
Poesia/Geral | TORNADO | 0 | 1.014 | 03/26/2011 - 00:59 | Português | |
Poesia/Geral | ABASTECIMENTO | 1 | 974 | 03/02/2011 - 21:31 | Português | |
Poesia/Geral | A QUEDA | 1 | 797 | 03/01/2011 - 06:16 | Português | |
Poesia/Geral | APARÊNCIAS | 1 | 996 | 03/01/2011 - 05:53 | Português | |
Poesia/Geral | BANQUETE | 0 | 846 | 02/27/2011 - 22:59 | Português | |
Poesia/Geral | A DOR CONFESSADA | 0 | 915 | 02/27/2011 - 22:52 | Português | |
Poesia/Geral | ANGELLUS | 1 | 927 | 02/27/2011 - 15:57 | Português | |
Poesia/Geral | AMOR E PAIXÃO | 1 | 1.047 | 02/27/2011 - 12:26 | Português | |
Poesia/Geral | ANGÚSTIA | 1 | 1.117 | 02/27/2011 - 12:21 | Português | |
Poesia/Geral | AMARRAS | 0 | 999 | 02/27/2011 - 00:16 | Português | |
Poesia/Geral | A LONGA VIAGEM | 1 | 762 | 02/20/2011 - 19:42 | Português | |
Poesia/Geral | NASCIMENTO | 0 | 882 | 02/20/2011 - 16:08 | Português | |
Poesia/Geral | SEMENTE | 0 | 800 | 02/20/2011 - 16:01 | Português | |
Poesia/Geral | BATEIA | 0 | 993 | 02/20/2011 - 15:51 | Português | |
Poesia/Geral | AURORA | 0 | 1.036 | 02/20/2011 - 15:46 | Português | |
Poesia/Geral | TORMENTA | 0 | 1.005 | 02/20/2011 - 15:38 | Português | |
Poesia/Geral | SOUTAMÉRICA | 0 | 963 | 02/20/2011 - 15:37 | Português | |
Poesia/Geral | DUPLOS | 1 | 933 | 02/18/2011 - 00:47 | Português |
Add comment