CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Ataque de autocontrole
Fui ao mercado localizado na esquina da avenida principal
E lá chegando vi o funcionário Bernado dizendo que ia vender-me o de sempre:
- Compre, amigo pois, a promoção é imperdível e dura até o dia de hoje, antes do estoque incendiar-se por incidência de desligamento humano da monotonia de desligar-se enquanto vive!
Dizia, o sujeito de boa guarda, que era a vida uma espécie de loja escondida no submundo dos subsolos de tribunais de justiça...
Dizia mais: - Além daqui há uma névoa de estranheza a bom preço mas, de qualidade duvidosa
Eu pensava e, quando dizia, dizia em voz inaudível:
- Como pode existir quem pense em tramas acobertadas, enquanto o pobre resto de humanidade fica logo ali, povoando calçadas e dormindo noites em dia?
Tarde, muito tarde e só agora percebi
Que poesia é feita de igualdades fingidas
Disfarçando-se de textos cheios de informações pouco interessantes...
Posso, então, fazer do meu jeito uma prosa bem construída?
Quem lerá minha opinião conseguida de um vendedor de porta de mercado?
Quem, senão o próprio vendedor que, pelo que demonstra, é muito mais após a voz bem postada?
Eu calei,
fui ao encontro do que procurava, encontrei, fui em direção ao caixa recebedor e paguei
Fui-me embora, esqueci daquelas palavras loucas
Tudo bem, não nego
Tem vez que eu pego o microfone e mexo com as cordas vocais
Tem vez que falo, interpreto, canto, vendo
A novidade invisível jogada na promoção por excesso de oferta
Mas, vida, por que eu vivo amordaçado enquanto dizem que a vida é mais misteriosa que meus próprios conceitos acerca da mesma?
Estou agora na segurança do lar...
Os de logo ali, povoam a calçada por onde saio e faço a vida ter sentido...
Coitados, Bernado, estão lá, melhor, logo ali, silenciosos, a espera da notícia que embarga qualquer voz: - Aqui, os restos tirados da podridão e entregues a vos!
Enquanto ele discussava e apontava, eu nada dizia... Nada, nada!!
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 615 leituras
Add comment
other contents of robsondesouza
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Pensamentos | Os bons | 1 | 1.929 | 02/27/2018 - 12:07 | Português | |
Prosas/Saudade | Clarice e a Estrela | 1 | 2.873 | 02/27/2018 - 12:06 | Português | |
Poesia/Tristeza | Amarguras | 1 | 2.035 | 02/27/2018 - 12:05 | Português | |
Prosas/Mistério | Deslocamento | 0 | 1.954 | 09/24/2012 - 02:33 | Português | |
Poesia/Tristeza | Obséquio | 0 | 1.820 | 05/01/2012 - 06:07 | Português | |
Poesia/Tristeza | Isolado | 1 | 1.863 | 04/15/2012 - 09:40 | Português | |
Poesia/Tristeza | Para algo ou alguém | 0 | 1.516 | 02/03/2012 - 05:51 | Português | |
Poesia/Desilusão | Síncope | 0 | 2.029 | 11/06/2011 - 18:45 | Português | |
Poesia/Amor | A ti | 0 | 2.166 | 11/02/2011 - 23:48 | Português | |
Poesia/Desilusão | Distinto | 0 | 2.399 | 11/02/2011 - 23:00 | Português | |
Poesia/Geral | Inequívoca | 0 | 1.942 | 08/21/2011 - 01:39 | Português | |
Poesia/Geral | Mais um auto-retrato | 1 | 1.792 | 04/27/2011 - 23:21 | Português | |
Poesia/Tristeza | Dores, desejos vãos, devaneios permanentes | 1 | 2.600 | 04/14/2011 - 00:08 | Português | |
Poesia/Geral | Guardei um poema para nós | 1 | 2.370 | 02/09/2011 - 13:32 | Português | |
Videos/Perfil | 1062 | 0 | 2.983 | 11/24/2010 - 22:09 | Português | |
Videos/Perfil | 1060 | 0 | 2.710 | 11/24/2010 - 22:09 | Português | |
Videos/Perfil | 1007 | 0 | 3.580 | 11/24/2010 - 22:08 | Português | |
Videos/Perfil | 930 | 0 | 2.790 | 11/24/2010 - 22:06 | Português | |
Videos/Perfil | 925 | 0 | 3.244 | 11/24/2010 - 22:06 | Português | |
Videos/Perfil | 924 | 0 | 2.939 | 11/24/2010 - 22:06 | Português | |
Videos/Perfil | 923 | 0 | 2.615 | 11/24/2010 - 22:06 | Português | |
Videos/Perfil | 1015 | 0 | 2.788 | 11/24/2010 - 22:01 | Português | |
Fotos/ - | 3258 | 0 | 3.096 | 11/23/2010 - 23:54 | Português | |
Fotos/ - | 3259 | 0 | 3.200 | 11/23/2010 - 23:54 | Português | |
Fotos/ - | 3082 | 0 | 3.447 | 11/23/2010 - 23:53 | Português |
Comentários
Re: Ataque de autocontrole
Um silêncio que diz tudo!!!
Bom poema!!!
:-)
Re: Ataque de autocontrole
Caro Robson
E quantos não são os Bernardos que encontramos todos os dia?
Bela prosa.
Abraço
Cecilia Iacona
Re: Ataque de autocontrole
Excelente texto, Robson
Um abraço
Vóny Ferreira
Re: Ataque de autocontrole
Boa noite Robson!
Do que já li seu, sem dúvida o melhor!
Parabéns!!!
Gostei muito
Páscoa Feliz
Abraço
rainbowsky