Auto-estrada Para O Inferno

Na minha máquina mortal
Acelero sem limites
Ninguém me vai parar
Sou livre até a minha vida acabar.

Trago do meu negro passado
Aquilo que em tempos me afectou,
Tornou-me mais forte e agora
Estou numa estrada com o destino traçado.

Os raios cromados reluzem a luz do
Sol, na carroçaria pintada de preto
Vê-se a imagem espelhada da paisagem
Corto a monotonia do deserto selvagem.

Não me resta muito tempo. O guardião
Aponta para mim o dedo esquelético.
Vejo os seus vermelhos olhos ao fundo
Mas não tento resistir ao seu chamamento vão.

O destino condenado
Vai testar aquilo que sou capaz
O fim da minha viagem está traçado
Não posso fugir, mas não desistirei.

Aceito o castigo dos meus pecados
Sem questionar, tenho de ser forte
A cadeira do mal aguarda-me para castigar,
Todo o mal que fiz, sem hesitar.