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Caminheiro (Ossip Mandelstam)

Sinto é um medo, um medo insuperável
Defronte das alturas misteriosas.
E dizer que me agradam andorinhas
No céu e do campanário o alto voo!

Caminheiro de outrora, cá me iludo
Pensando ouvir à borda do abismo
A pedra a ceder, a bola de neve,
O relógio batendo eternidade.

Se assim fosse! Mas não sou o peregrino
Que vem dos fólios antigos desbotados,
E o que em mim real canta é esta angústia:

Certo – desce uma avalancha das montanhas!
E toda a minha alma está nos sinos,
Só que a música não salva dos abismos!

Ossip Mandelstam, In: Guarda Minha Fala para Sempre
Editora: Assírio & Alvim, 1996
Tradução: Filipe Guerra e Nina Guerra

 

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quarta-feira, fevereiro 22, 2012 - 13:02

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AjAraujo

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