CHUVA...

Entre as lágrimas da terra,
que molham o corpo suado e regam a alma para crescer
olho o ceu escuro, pesado e cinzento,
em formas circulares desenhando varias formas com o vento forte,
a cada instante, a cada segundo, transforma se, revela se...
e as memórias aparecem quando levanto a face à chuva e me deixo lavar
a unica que me aparece entre varias...o teu sorriso menino
de quem não tem malicia, de quem ama o que faz, de quem está feliz
e lembro os sorrisos que demos, que causamos
e as gargalhadas sonoras de prazer
lembro que não quis tirar fotos...guardei para mim...
e enquanto a agua escorre pela minha face...o frio toma conta de mim...
gela me a alma com o teu insulto, com as tuas palavras escribas viperinas
abro os olhos, e luto contra a força da chuva...
porque não posso lutar contra ti...
apenas sinto que te perdi, que me perdi, que tudo foi doloroso e doce
amargou te as palavras mas não a alma
porque depois de tudo o teu sorriso continua feliz...e maravilhoso
e eu continuo perdida sem norte e sem sul,
com os sorrisos de quem não quero amar...
mas que amo porque são especiais, mesmo sem saberem
vivo as alegrias com os amigos e conhecidos
partilho os sorrisos de uma vida com os melhores...
e hoje luto contra a chuva mas nunca contra ti...
e o raio de sol que espero que me seque a alma e o corpo

e me aqueça o coração...