Ter...

Sem saber porque vagueio pela noite à procura de algo,
algo que não sei porque procuro, porque espero,
espero por algo que me faz sorrir, e lembrar a inocência,
inocência que me fez sonhar, e querer experimentar te,
experimentar-te num sonho bom, sem mágoas,
mágoas que não sejam duras e cruéis, onde não me façam mal,
mal esse que não iria suportar, essa tua indiferença,
indiferença de menino mimado, que não se importa com o sonho,
sonho que vem lentamente, e cresce todos os dias,
dias que passam sem te ver, sem te sentir,
sentir o teu cheiro, o teu abraço, o teu carinho, o teu sexo,
sexo que quis viver e sentir, com a inocência e com as algemas,
algemas que me prenderam ao sentimento,
sentimento que me faz uma mulher triste e não correspondida,
correspondida por carta ou mensagem no voicemail, falando de saudades,
saudades que são incertas, pela distância, pelo momento,
momento que peço o teu abraço e te esqueço no meio de um livro de frases,
frases que apenas se deixam escritas para todos lerem numa livraria,
livraria que estende nas suas prateleiras livros e palavras dispersas,
dispersas e sem sentido, que procuram quem as junte e as ame,
ame tanto como eu te amo...