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Cinzas na lareira
Desmaia a noite delicada
Ensopada pela brisa deliciosa
E aquecida pelo gasto embrião na sua fase minguante.
Dão relevo a este cenário inerte
As gotas vindas d'onde estão as almas dos justos.
Lareira que mais parece fornalha,
Inalou quase toda a madeira.
Sentada na poltrona de encarnado esbatido
Sobre efeito,seja do que foi que mandei para cá,
Tenho a mente afastada da realidade.
Dos cinco sentidos tenho três:
A visão turva que me pesa na face por todas as verdades que enxerguei,
A Audição carregada pelos pingos lá de fora
E o tacto onde se estende o formigueiro da pesada vida que carreguei.
Já não tenho o gosto que me orgulha,
O tal sabor adocicado de todos os sonhos virginais,
Que deste modo, não se propõem à experiência.
Esgotaram-se as coisas perfumadas complementares
Da natureza dos pensamentos cobardes.
A chama está cada vez mais apagada na laje
E as memórias que arrastei até aqui vão com ela.
Esgotando-se o choro seguido pelo leve respirar
As cinzas já estão pousadas
E como me pesam os olhos
Tomba-me a cabeça para a janela.
Leva-me a esse brilhante que abunda o alto céu,
Pois já se faz lua cheia
E, como coisas cá dentro já não restam para o ar nos pulmões
Nem tão pouco para batimento de músculos
Deixa-me que sejas a minha última verdade.
___________________________________________________
Autor: Ana Pinto
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Comentários
Re: Cinzas na lareira
Um poema bem escrito, gostei!!! :-)