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CORNOS DA HORA LÉSBICA NO COITO PIRÓMANO DAS PEDRAS

Solidão que se desvenda como pente
desdentado pelo cabelo despenteado da vida.

Pó sem roupa que se despista
pelo gasganete da sanita da utopia crua.
Em água nua como chuva rouca cai sólida.

Sombra que varre
as mãos do pensamento com soro
de sono como narícula espiritual em demência.

Tal pauta de beijo em coma
soprasse trombones numa orquestra
de cemitérios em coro numa tormenta incauta.

Ausência que se desmembra
em violência pelo rim do tempo.
Inquinado de lápides que sangram pássaros.

Mortes que enfeitam covas com carnes
anavalhadas pelas gadanhas da eternidade.

Os cornos da hora orada em fornos
atiçados pelos pêlos de pudicícia dos ventos.
Domada pompa lésbica no coito pirómano das pedras.

Como lágrimas imóveis flutuam
pela proa da ruga que escolta o silêncio ao chão
que os pés vis da tristeza em sopro látego maltratam.

Escuro barricado entre muralhas de dor
que em fogo se apodera da língua da alma.

Voz calma que se arrasta
em socorro pela cicatriz das palavras, eclipsadas
por velhice de arame farpado que tolhe o céu-da-boca.

Insânia que se entranha
como isco no estômago do mar.
Para caçar ovelhas negras no lodaçal divino.

Ao dorso de uma canção
de cinzas amargas vão os olhos,
como amêndoas acesas em ruína pelo inferno.

Açoite frio que em brisa de fome
sodomiza estrelas nos sovacos da noite
com perfume ressonado pelos vómitos do Inverno.

 

TRADUÇÃO

ESTE POEMA SOMENTE DIZ QUE O TEMPO CORRE COMO UM TOURO…

OLÉ!

 

 

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sexta-feira, novembro 4, 2011 - 01:17

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Henrique

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