CONCURSOS:

Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.

 

DÓI O PALADAR DO PERDI-ME


Caminho disparate prévio,
reflexo opaco até ao fim das incertezas.

Desgasto os joelhos da voz
em calvários de tempo derrubado no esquecimento.

Iço desabafo viço,
grito acelerado por consensos
que fazem ponte de abismo em abismo.

Abro a alma a favor do vento,
desguedelhada dúvida dissipada nos meus extremos opostos.

Ab-rogo a soneto
que me faz ser ordinário,
alinhado ao infinito sem retorno.

Rascunho paredes absolvidas por loucura.

Murmúrio assobiado,
vociferado chão que me defende os olhos do claustro da morte.

Descrevo a luz que vibra em mim como um longe onde quero chegar.

Sou sombra desencaminhada do desistir.

As estrelas são a minha última ceia.

Escrevo páginas vazias,
poesias como camuflagem nas savanas do anoitecer.

A razão é uma fatia do quebranto
que jorra a madrugada sobre uma pedra que me sepulta no luar.

Sou a fogueira que me aquece,
a lembrança que me esquece saudade eterna.

Sou caverna onde me escondo da escuridão.

Jaz no desejo a palavra que nunca disse.

Sinto-me diário apagado,
prisioneiro de escritos idos
entre os momentos que não escolhi.

Afloro no meu olhar distâncias
por onde perdi o sentir do esmurro do destino na minha face.

Dói o paladar do perdi-me.
 

Submited by

quarta-feira, março 23, 2011 - 01:40

Poesia :

Your rating: None (1 vote)

Henrique

imagem de Henrique
Offline
Título: Membro
Última vez online: há 9 anos 17 semanas
Membro desde: 03/07/2008
Conteúdos:
Pontos: 34815

Add comment

Se logue para poder enviar comentários

other contents of Henrique

Tópico Título Respostas Views Last Postícone de ordenação Língua
Poesia/Pensamentos DA POESIA 1 8.209 05/26/2020 - 23:50 Português
Videos/Outros Já viram o Pedro abrunhosa sem óculos? Pois ora aqui o têm. 1 43.669 06/11/2019 - 09:39 Português
Poesia/Tristeza TEUS OLHOS SÃO NADA 1 4.203 03/06/2018 - 21:51 Português
Poesia/Pensamentos ONDE O INFINITO SEJA O PRINCÍPIO 4 4.871 02/28/2018 - 17:42 Português
Poesia/Pensamentos APALPOS INTERMITENTES 0 4.509 02/10/2015 - 22:50 Português
Poesia/Aforismo AQUILO QUE O JUÍZO É 0 5.103 02/03/2015 - 20:08 Português
Poesia/Pensamentos ISENTO DE AMAR 0 6.494 02/02/2015 - 21:08 Português
Poesia/Amor LUME MAIS DO QUE ACESO 0 5.778 02/01/2015 - 22:51 Português
Poesia/Pensamentos PELO TEMPO 0 4.456 01/31/2015 - 21:34 Português
Poesia/Pensamentos DO AMOR 0 4.236 01/30/2015 - 21:48 Português
Poesia/Pensamentos DO SENTIMENTO 0 4.695 01/29/2015 - 22:55 Português
Poesia/Pensamentos DO PENSAMENTO 0 4.422 01/29/2015 - 19:53 Português
Poesia/Pensamentos DO SONHO 0 3.909 01/29/2015 - 01:04 Português
Poesia/Pensamentos DO SILÊNCIO 0 5.426 01/29/2015 - 00:36 Português
Poesia/Pensamentos DA CALMA 0 5.094 01/28/2015 - 21:27 Português
Poesia/Pensamentos REPASTO DE ESQUECIMENTO 0 4.094 01/27/2015 - 22:48 Português
Poesia/Pensamentos MORRER QUE POR DENTRO DA PELE VIVE 0 4.599 01/27/2015 - 16:59 Português
Poesia/Aforismo NENHUMA MULTIDÃO O SERÁ 0 3.883 01/26/2015 - 20:44 Português
Poesia/Pensamentos SILENCIOSA SOMBRA DE SOLIDÃO 0 4.799 01/25/2015 - 22:36 Português
Poesia/Pensamentos MIGALHAS DE SAUDADE 0 3.659 01/22/2015 - 22:32 Português
Poesia/Pensamentos ONDE O AMOR SEMEIA E COLHE A SOLIDÃO 0 3.602 01/21/2015 - 18:00 Português
Poesia/Pensamentos PALAVRAS À LUPA 0 4.999 01/20/2015 - 19:38 Português
Poesia/Pensamentos MADRESSILVA 0 3.624 01/19/2015 - 21:07 Português
Poesia/Pensamentos NA SOLIDÃO 0 4.329 01/17/2015 - 23:32 Português
Poesia/Pensamentos LÁPIS DE SER 0 4.419 01/16/2015 - 20:47 Português