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Degraus (Hermann Hesse)


Assim como as flores murcham e a juventude
cede à velhice, também os degraus da Vida,
a sabedoria e a virtude, a seu tempo,
florescem e não duram eternamente.

A cada apelo da vida deve o coração
estar pronto a despedir-se e a começar de novo,
para, com coragem e sem lágrimas se
dar a outras novas ligações.

Em todo o começo
reside um encanto
que nos protege
e ajuda a viver

Serenos transponhamos o espaço após espaço,
não nos prendendo a nenhum elo, a um lar;
sermos corrente ou parada não quer o espírito do mundo.
Mas de degrau em degrau elevar-nos e aumentar-nos.

Apenas nos habituamos a um círculo de vida,
íntimos, ameaça-nos o torpor;
só aquele que está pronto a partir e parte
se furtará à paralisia dos hábitos.

Talvez também a hora da morte
nos lance, jovens, para novos espaços,
o apelo da Vida nunca tem fim...
Vamos, Coração, despede-te e cura-te!

Hermann Hesse (1877-1962), escritor alemão,
in "O jogo das contas de vidro".
 

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quarta-feira, maio 11, 2011 - 01:54

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