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DEPOIS DO ADEUS

O desespero
é um manto de poesia
tecida espinho depois da tua partida.

A ausência é um milésimo infinito.

Um instante tombado
sobre a eternidade de um roseiral seco
onde dormem agora os meus lábios acesos de grito.

A saudade
é uma aurora escura infindável
no sorriso que perdi com o teu adeus.

A distância é uma ânfora
que em mim fende o tempo
em momentos repartidos por dor e sonho.

Sem ti já não sou capaz de sentir a força das palavras.

A sede de viver tornou-se uma madrugada de poeira.

A minha essência
é um cálice de veneno jorrado
de luas derrocadas pelo vazio que deixaste.

A minha voz é a cruz onde prego as noites no meu corpo.

Em frente ao espelho
erguem-se no meu reflexo
cicatrizes ressequidas de silêncio.

O sono
desassoreia-me os olhos
com pesadelos onde a fala é melodia
de um mar revolto que te leva para longe das minhas mãos.

Já não sinto que as minhas mãos ainda me pertençam.

Já não sei sequer se existo.

Apedreja-me o tacto
que ajo ao espaço em branco que deixaste.

O poema em mim é semente de fonemas imperfeitos.

Dentro de mim caminham raízes ébrias
que avisto em orlas incertas e rochosas.

Se não voltares atrás,
a tristeza será bem mais triste que morrer.

O meu coração
será de marfim esculpido por lágrimas
que os deuses beberão para saberem da minha mágoa.
 

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domingo, janeiro 30, 2011 - 23:23

Poesia :

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Henrique

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Comentários

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Comentário!

Henrique!

 

Triste e ao mesmo tempo lindo Poema de amor!

Meus parabéns,

Um abração,

Marne

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