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DESMAIO POVOADO POR SAUDADE


Lábios prisioneiros do beijo
de outros lábios que já não bebem do mesmo desejo.

Bocas que sufocam em não respirar
o mesmo ar entre si à luz do anoitecer.

Mãos em coro de choro
como grade na cara sonorizada por melancolia.

Suspiros qual sino da meia-noite
perca as horas em sentimentos mortos.

O negro paira no arco-íris, os pés param
em demoras longas como naufrágio do tempo.

Relógio despregado em desmaio povoado por saudade.

Almas enamoradas
do peso do fim da tarde que arde nos olhos
cuja menina-do-olho é molhada por esperanças insípidas.

Cardo crepúsculo como escada
por onde sobe a noite à testa da solidão das estrelas.

Escravos cintilares em verso que não acontece.

O pôr-do-sol como incêndio a estrepitar pecados
no horizonte cada vez mais longínquo.

Sono sem fonte, sonho sem ponte
enquanto os pardais cantam adeus ao dia.

Aparência em desespero de ser crespo
como onda sem leme finda o seu curso no fio da praia.

Corpos como penedos de tristeza onde o vento murmura nu.

Sopro amarrado ao caos do peito do pensamento
como soro venenoso.

Olhos de ilusão gasta pelo silêncio do amor
soletrado pelo inverno das distâncias.

Palavras são ânsias, lágrimas na lápide da vida
qual flor salgada dê à corda ao perfume do amanhã.

 

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sábado, setembro 10, 2011 - 23:29

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Henrique

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