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Digo..!
O tempo, marcam-no a erosão do corpo e o crescimento da alma.
Corpo e alma... O casamento mágico que torna possível o "ser".
Do corpo vos digo,
é ponto de referência e abrigo de entidade transcendente que se afirma ao mundo;
é extensão do "eu" irrepetível;
microscópica partícula;
centelha de vida regurgitada pelo difuso energético de que se compõe essa força viva que se sente mais do que se vê
...governante do mundo e de todas as coisas, de nome
Universo (?),
Absoluto(?),
Ente Primordial (?),
Deus (?)...
será que importa o nome?
Já da alma vos conto...
é esse "ser" que sabemos que é
e que vence sobre o tempo.
Enorme vasilha que se enche e enche sem envelhecer.
Não a vemos, nem tão pouco sabemos que existe,
se existe,
para além do corpo que habita e preenche de silêncios e cúmplices particularidades
em fusão perene donde resulta a identidade.
O tempo parece correr, mas não corre.
Não poderia correr.
Ele é um espaço contínuo e linear;
longo caminho...
talvez eterno,
por onde desfila a existência.
O caminhante que o percorre - eu, tu, nós
... vestido de um mundo próprio por onde desfilam peripécias de um espectáculo designado vida,
anda, anda e anda.
Anda sempre, até se cansarem as suas pernas,
até o seu coração parar;
até se esgotar pelo uso e pelo gasto,
o corpo por onde corre a energia que o move.
Chamamos-lhe tempo, a esse espaço de caminhada.
Mas não é.
O tempo é a estrada que percorremos até nos cansarmos.
A caminhada é o pavio que se consome
dessa chama que eclodiu
e se transformou em nós.
São,
o imenso mar, o universo, as galáxias,
o dia e a noite
...esse intenso brilho que nos enche de sonhos,
que movem o caminhante.
Caminha, exultante no encalço de um porto que não existe. Venera o sol que o aquece e o sal que o tempera
e navega a caminho do engodo da luz que não vê,
mas esperançadamente teima saber existir.
Na sua soberba,
queixa-se da lentidão das noites,
quando, neste caminho que percorre,
pouco falta afinal que se dê conta,
que estas sobre si passam já,
com a inusitada velocidade de um abrir e fechar de olhos.
Cobre então de injúrias o mundo,
lamenta com raiva a sorte,
clama bem alto enternecedoras súplicas,
sem saber que, para ele,
a justiça já se fez.
Despeço-me amigo, pedindo que não te esqueças desta verdade: O essencial da vela que arde
não é a cera derretida que permanece como testemunho de si,
mas a luz que irradia da chama que a consome.
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Comentários
Uma extensa e profícua
Uma extensa e profícua dissertação, um olhar perspicaz e comprometidamente poético.Um acto de amor à vida e á escrita.
Digo..!
LINDO TEXTO, GOSTEI MUITO!
Meus parabéns,
MarneDulinski