CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
EFABULAÇÃO DA ALMA
Efabulante analogia
entre repentes céus decompostos
e infernos de lumes postos ao acaso
no Sábado dos olhos.
Olhares
desfragmentados
em mera irreverência,
sobre refrães de ânsia inestéticos
no hangar do corpo desembrulhado ao norte.
Ousada boca,
feita de óculos pardos
por detrás de visões acrobatas,
dançando dimensões mortais
numa cadeira de bichos-carpinteiros.
Pomposa
sombra amarga
semeia silêncios em tons de lassidão
ao relento de musicalidades de cores cruas.
Abismos
narrados na inércia
do arco-íris ruborizam crepúsculos,
infantilmente mordazes de boné mental.
Egos ocos,
empalhados em ecos pedantes
esmagam posses de nada arrancado
de quotidianas noites num recital de mentol
à testa do tempo.
Prefácios
semifendidos,
crescem séculos de fim
na voz ruminante dos versos
inundados em ruídos de alma solúvel
na maré de um mar deposto em grito.
Ventos de gente
em formato animal
assombram os encantos
de um jardim de mundos com palcos
de rua improvisada para expressar a morte.
Sorrisos
estampados nas margens
de um rio de correntes malabaristas,
saltadas por crianças de fogueiras em punho
que nos assaltam o ritmo do tédio.
Bastidores de mãe triste
rendilham masmorras de cabelo branco
no poema da face por onde deambula a idade
paralela às lágrimas desovadas do ser.
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1414 leituras
Add comment
other contents of Henrique
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Pensamentos | DA POESIA | 1 | 9.239 | 05/26/2020 - 22:50 | Português | |
![]() |
Videos/Outros | Já viram o Pedro abrunhosa sem óculos? Pois ora aqui o têm. | 1 | 50.915 | 06/11/2019 - 08:39 | Português |
Poesia/Tristeza | TEUS OLHOS SÃO NADA | 1 | 8.431 | 03/06/2018 - 20:51 | Português | |
Poesia/Pensamentos | ONDE O INFINITO SEJA O PRINCÍPIO | 4 | 9.627 | 02/28/2018 - 16:42 | Português | |
Poesia/Pensamentos | APALPOS INTERMITENTES | 0 | 8.379 | 02/10/2015 - 21:50 | Português | |
Poesia/Aforismo | AQUILO QUE O JUÍZO É | 0 | 8.338 | 02/03/2015 - 19:08 | Português | |
Poesia/Pensamentos | ISENTO DE AMAR | 0 | 8.283 | 02/02/2015 - 20:08 | Português | |
Poesia/Amor | LUME MAIS DO QUE ACESO | 0 | 8.818 | 02/01/2015 - 21:51 | Português | |
Poesia/Pensamentos | PELO TEMPO | 0 | 7.044 | 01/31/2015 - 20:34 | Português | |
Poesia/Pensamentos | DO AMOR | 0 | 6.960 | 01/30/2015 - 20:48 | Português | |
Poesia/Pensamentos | DO SENTIMENTO | 0 | 6.673 | 01/29/2015 - 21:55 | Português | |
Poesia/Pensamentos | DO PENSAMENTO | 0 | 8.068 | 01/29/2015 - 18:53 | Português | |
Poesia/Pensamentos | DO SONHO | 0 | 6.134 | 01/29/2015 - 00:04 | Português | |
Poesia/Pensamentos | DO SILÊNCIO | 0 | 7.158 | 01/28/2015 - 23:36 | Português | |
Poesia/Pensamentos | DA CALMA | 0 | 6.294 | 01/28/2015 - 20:27 | Português | |
Poesia/Pensamentos | REPASTO DE ESQUECIMENTO | 0 | 5.681 | 01/27/2015 - 21:48 | Português | |
Poesia/Pensamentos | MORRER QUE POR DENTRO DA PELE VIVE | 0 | 7.781 | 01/27/2015 - 15:59 | Português | |
Poesia/Aforismo | NENHUMA MULTIDÃO O SERÁ | 0 | 7.064 | 01/26/2015 - 19:44 | Português | |
Poesia/Pensamentos | SILENCIOSA SOMBRA DE SOLIDÃO | 0 | 7.585 | 01/25/2015 - 21:36 | Português | |
Poesia/Pensamentos | MIGALHAS DE SAUDADE | 0 | 6.799 | 01/22/2015 - 21:32 | Português | |
Poesia/Pensamentos | ONDE O AMOR SEMEIA E COLHE A SOLIDÃO | 0 | 6.423 | 01/21/2015 - 17:00 | Português | |
Poesia/Pensamentos | PALAVRAS À LUPA | 0 | 6.521 | 01/20/2015 - 18:38 | Português | |
Poesia/Pensamentos | MADRESSILVA | 0 | 5.446 | 01/19/2015 - 20:07 | Português | |
Poesia/Pensamentos | NA SOLIDÃO | 0 | 8.583 | 01/17/2015 - 22:32 | Português | |
Poesia/Pensamentos | LÁPIS DE SER | 0 | 8.074 | 01/16/2015 - 19:47 | Português |
Comentários
Re: EFABULAÇÃO DA ALMA
O que é ao acaso sabe melhor...porque não tem veleidades em existir. E se os embrulhos vêm do Norte é glória certa, como num copo de vinho do Porto: clássico mas efusivo e distinto.
Aqui egos ocos talvez...há tanta palha que não se incendeia e impede a visão da colheita sumosa.
Também tu desovas o ser...como mulher fragmentada que se estende além de si, partida e aumentada, dorida mas leitosa por ser alimento da pequenez hipotética...
Desovas o que desovares, quem for ama dos teus rebentos cortar-te-á do prazer de os veres nos teus braços. Dar-lhes-á roupas novas e até lhes acrescentará outro sexo porventura. Ó como dói esta desovagem maternal ameaçada no primeiro instante.
Re: EFABULAÇÃO DA ALMA
Re: EFABULAÇÃO DA ALMA
Bom texto.
Goostei de ler.
:-)