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Elevação (Baudelaire)
Sobre os charcos, além das valadros,
acima da montanha e além das nuvens no ar,
e do mar e do sol e do éter a brilhar
e para lá do fim dos planos estrelados,
sinto-te ágil, ó meu espírito, ascender
e como nadador que a onda de gozo inunda,
sulcar alegremente a vastidão profunda,
um indizível, casto e másculo prazer!
Voa fugindo ao mal destes miasmas baços.
Purifica-te no ar do azul superior
e bebe, como um puro e divino licor,
do claro fogo que enche os límpidos espaços.
Por trás dos tédios, sob a dor que a alma reduz,
e abate, como um peso, a existência brumosa,
ah! feliz de quem possa, a uma asa vigorosa,
suspenso, arrebatar-se ás regiões da luz!
Quem tenha os sonhos como as calhandras que as alam
e giram pelo céu ao matinal clarão:
quem sobre a vida paire e sem esforço vão,
saiba as flores ouvir e as coisas que não falam!
Baudelaire(1821-1867), poeta francês, poema traduzido por Eduardo Guimarães.
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Quem tenha os sonhos como as
Quem tenha os sonhos como as calhandras que as alam
e giram pelo céu ao matinal clarão:
quem sobre a vida paire e sem esforço vão,
saiba as flores ouvir e as coisas que não falam!