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ESCOMBROS …
Demolição lenta,
esta barrenta tristeza sem limites
que me derruba as mãos com dinamites
de desilusão,
que me empurra a alma
em derrocada pela escarpa do tempo.
Pedregosa encosta de horas
em medo e sobressalto,
onde os movimentos do meu corpo são destroços,
um amontoado de poeira e ossos.
Destruição agoniada,
esta tristeza que estronda encarcerada
na alforria dos meus pensamentos,
que me arromba o olhar
com sentimentos em ruinas de lágrimas,
choros que me soterram o rosto
sob entulhos de escuridão.
São de tristeza os insalubres barulhos
que pulsam no meu coração,
realidades onde os sonhos são escombros,
ruídos tontos que desabam aos tombos
pelo chão de um desabafo inóspito.
Quebradiça estaca
que me desmantela os passos,
é esta tristeza a liça que me afunda
a madrugada submersa em dor.
São os prantos desta tristeza os gritos
que flutuam no meu silêncio.
.
.
.
.
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Comentários
É profano e duro de
É profano
e duro de admitir,
que está continuamente a ruir
o edificio humano.
Saudações
do Abilio!