CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
"Estaca"
Pulseira perfurante descai
arrombo do súbito no denso
separa, rasga, desune, parte.
Estia o ventre, irriga o pão
das visceras flamejantes e remexidas
mão cravejada de adagas esferudas
quando lábios de metal sobrepujaram
as cartas do Mestre, perfídia do plano.
O desarranjo foi máscara da mente
o biltre é um lápis do xadrez
escritor de lápide drapeada de mapas
insolutos no seu enrugado esgar,
não se empedreite a cornija
sem dar o carvão à lareira do actor.
Ó urbe sem freio, rastilho de insanidade
és a faca que recorta e chacina
quando o maremoto do inferno eclode
pelas avenidas de orquídeas em avenças
de magnólias outonais.
Eleva-te ao cume
asa-barbatana e despranta-te à porfia
do açúcar polvilhado no azul.
O juiz que te deu poço
é rapaz, não douto de pranchas
que as cores emprestam à íris.
O cruel é espinho, o prego
um carimbo do misso com
pelo uno a escadar, às alv-luz…
a terra é ocre e escura.
Este poema nasceu pelo estimulo do poema do mesmo nome de Alex_Moraes.
Obrigada poeta colega, pelo estimulo que a tua inspiração incutiu nos meus dedos.
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 737 leituras
Add comment
other contents of MargaridaRibeiro
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
![]() |
Fotos/Natureza | Beijos no jardim | 0 | 1.350 | 11/20/2010 - 05:19 | Português |
Poesia/Tristeza | "Prece" | 0 | 904 | 11/18/2010 - 15:31 | Português | |
Poesia/Aforismo | Sou do Mar e da Lava | 1 | 792 | 09/21/2010 - 10:01 | Português | |
![]() |
Fotos/Outros | Um gigante de Ferro | 4 | 956 | 09/21/2010 - 05:47 | Português |
![]() |
Fotos/Paisagens | No céu... | 4 | 900 | 09/21/2010 - 05:44 | Português |
![]() |
Fotos/Paisagens | Deslumbramento | 6 | 1.021 | 09/21/2010 - 05:43 | Português |
Poesia/Desilusão | Devaneio de uma velha | 3 | 1.047 | 09/16/2010 - 21:13 | Português | |
Poesia/Pensamentos | A Uma Onda | 4 | 662 | 09/13/2010 - 22:28 | Português | |
![]() |
Fotos/Natureza | Beijos no jardim | 3 | 802 | 09/07/2010 - 22:36 | Português |
![]() |
Fotos/Outros | Perspectivas | 2 | 828 | 09/01/2010 - 23:29 | Português |
![]() |
Fotos/Cidades | Parque da Cidade (Porto) | 1 | 1.122 | 09/01/2010 - 23:17 | Português |
![]() |
Fotos/Cidades | Do Jardim do ex-Palácio de Cristal ao Douro (Porto) | 3 | 974 | 09/01/2010 - 23:12 | Português |
![]() |
Fotos/Monumentos | Simbolismos | 1 | 954 | 08/29/2010 - 01:28 | Português |
![]() |
Fotos/Natureza | Libertação | 1 | 760 | 08/29/2010 - 01:28 | Português |
Poesia/Aforismo | E Amar... | 2 | 801 | 08/23/2010 - 09:46 | Português | |
Poesia/Pensamentos | A Opinião de Outrém é Sua - Lição Nº8 | 5 | 688 | 08/23/2010 - 09:41 | Português | |
Poesia/Geral | "Estaca" | 2 | 737 | 08/19/2010 - 06:42 | Português | |
Poesia/Paixão | Perdição | 1 | 747 | 08/16/2010 - 19:53 | Português | |
Poesia/Fantasia | A um banco de jardim | 1 | 843 | 08/15/2010 - 19:47 | Português | |
Poesia/Geral | Exaltação Profunda | 6 | 630 | 08/12/2010 - 12:36 | Português | |
Poesia/Amor | Memória por esquecer | 4 | 513 | 08/05/2010 - 06:12 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Recusa de um padrão | 2 | 603 | 08/05/2010 - 06:08 | Português | |
Poesia/Tristeza | Mar | 2 | 688 | 08/05/2010 - 06:06 | Português | |
![]() |
Fotos/Natureza | Banco de Amigo | 2 | 871 | 08/04/2010 - 18:15 | Português |
![]() |
Fotos/Natureza | Devaneio verde | 2 | 913 | 08/04/2010 - 18:12 | Português |
Comentários
Re: "Estaca"
Há venenos que são antídotos para a perfidia da natureza. Medicinais, curativos...
E como ácido das sombras se purificam visões...o espelho a todas orienta, não há dor aí, apenas um seguir em direcções compostas.
Re: "Estaca"
Há o que se chama veneno, que sendo veneno em certas situações é medicinal noutras. É o caso do arsénio e outras substências. Em doses precisas e rigorosas, são inseridas no sistema do doente para auxiliar à desinfecção. A perfídia da natureza é uma metáfora. Na verdade não ha perfidia na natureza, nenhuma! A Natureza é no real como é. Não há bem nem mal, não há traição nem deslealdade no que sucede. Apenas há uma causa e há um efeito.
Eu não confesso. Não sou culpada. Aqui sou apenas uma traquina ou uma esgrimista de signos.
Se cravares uma estaca e não a mencionares é como se morresse. Tudo o que é ignorado "morre". Só há vida no diálogo entre seres, entre objectos, essências, entre cognosciveis. O mais pertence ao dominio do para além de ti. Mais uma vez, somos humanos pensantes e é sempre do ponto de vista do sujeito que somos, que vemos, que falamos. Em última análise tudo é ilusão e tudo é morte porque as palavras só têm os significados que lhe damos e nada há num signo que seja conforme à matéria da sua referência. A morte é só uma ideia...e a madeira que é estaca jaz rente à ilusão mas também pode caber...
Se queres que caiba, caberá.
:hammer: