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A Opinião de Outrém é Sua - Lição Nº8
Lobrigantes intrigados
emancipam no seu arrulhar
verbetes e folhagens
feitas na fábrica da mente,
a sua casa do olhar,
para onde oblíqua ou cruzante
traço uma bissectriz estéril
de um ir que não vai
sem a eclosão do átomo
onde o transporte do eu invisível
seja um arredor do fluido desse ser,
o sério poisar dos membros-asas
numa das suas beiras.
O seu vestir conceptual
não me encorpa dos juízos
do seu tribunal comezinho
enquanto dele não degustar um som
em cada dianteira do sol.
Um de 55 poemas, que seguem esta matriz.
A lição só é para quem precisar dela.
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Comentários
Re: A Opinião de Outrém é Sua - Lição Nº8
Eu não pretendo devorar nada nele. A questão é precisamente essa. Não me importam as suas letras porque elas não correspondem ao que eu preciso. O que o outro tecer de opinião não é da minha conta, se não me apetecer que seja. Não me apetecendo que seja desresponsabilizo-me da acção que pudesse eclodir do seu pensamento. O vórtice é o eu, não a resposta do outro.
A ideia é precisamente não pilhar pele alguma, deixar o outro com a sua pele, as suas escamas, os seus vestidos. Enquanto não me apetecer degustar o que tem para dizer, ponho à margem de mim toda a verborreia ou palavreado sintético que dele nascer. Eu só me importo do juizo do outro o que eu desejar importar-me. Eu só faço do outro o ponto de partida se me acrescentar no meu entender algo de interessante. Caso contrário, o outro é além de mim e irrelevante para mim.
Assim, quero lá saber que o outro conspire...nem sequer sou responsável pela sua consciência ou pelo seu juizo. As acções têm resultados. No dominio das palavras (o das opiniões) tudo é o sentido que ao tudo quisermos dizer para ser.
Beijos Alex
Re: A Opinião de Outrém é Sua - Lição Nº8
Na verdade, generalizar é sempre perigoso.
Continuo a dizer que se o outro pensa algo não tenho que me aborrecer por isso. De forma genérica. Mas se me insurge a ideia de que devo dar atenção em prole de algum outro resultado, pois então darei. Como por exemplo, este debate: eu volto não quando a poeira baixa mas logo que veja a resposta e somente pelo prazer de esgrimir conceitos e palavras. É um exercicio fascinante.
O retorno para mim, deve ocorrer não quando alguem emite uma opimião (e não estou a falar especificamente deste site) mas quando a opinião é interessante ou marcante de algum modo. Portanto, embora não seja da minha responsabilidade o que o outro pensa e profere de mim, embora eu deva ate abster-me, em certos pontos excepcionais (toda a regra tem uma excepçao)é preciso assinalar bem o juizo porque pode ser um ponto de crescimento interior, de mudança positiva relativamente a algum aspecto da nossa vida.
Aprender ou não aprender cabe a cada um...de resto, não olhes ao que faço mas ao que digo...
Re: A Opinião de Outrém é Sua - Lição Nº8
Não existe a critica construtiva?! :evil:
Aí nós discordamos! Há formas de criticar que levam a melhorar aspectos. Ou o que é que chamas ao facto de alguém te dizer que se enveredares naquele aspecto ou outro podes conseguir melhores resultados?
Quando aprendeste a ler e a escrever, eram destrutivas as correcções gramaticais e orais que te faziam?
Quando nos teus relacionamentos pessoais te sugerem que mudes uma ou outra atitude, para que a relação funcione melhor, encaras sempre como critica não construtiva e lixo?
Há criticas que se devem ignorar, mas há criticas que pensar sobre elas pode ser bom. A palavra critica aqui é redutora e errónea por tanto.
Hipocrisia existe sim, em muitos lados. Daí que mais uma vez é preciso avaliar se vale a pena "ouvir" ou não. Generalizar é perigoso, volto a repetir.
Falaste da amizade. A verdadeira amizade é aquela em que há confiança para dizer que é merda onde é merda e dar sugestões da sanita mais próxima onde a depositar, de possiveis detergentes e desinfectantes. A isso chamo amizade. Há relações que são meros "conhecimentos amistosos" onde realmente a pessoa não se dá ao trabalho e esforço. Mas ...há pessoas que têm formas de pensar a amizade mais levianamente, são pessoas que não sabem sequer ser amigas e passam o tempo nessa hipocrisia ou critica destrutiva, como lhes der na bolha.
É verdade que há perfidia por aí. É verdade que há quem desdenhe e queira comprar. Nisso tudo tens razão.
Também é verdade que as más-interpretações, a tendência para significar pelo pior a mensagem do outro seja algo muito presente, dependendo da personalidade e humor de quem está a opinar.
Também refilas com o "não olhes ao que faço mas ao que digo"? :lol:
Então quando dizes a uma criança para não dizer palavrões mas tu as dizes...isso é o quê? Quando dizes a alguém para ter cuidado com a alimentação mas tu não tens cuidado com a tua, isso é o quê?...
Ai moço...esta conversa dava pano para mangas!...E muitas fatiotas também!
:hammer: :hammer:
Re: A Opinião de Outrém é Sua - Lição Nº8
Gostei de ler.
Beijo
Varenka
Re: A Opinião de Outrém é Sua - Lição Nº8
Obrigada Varenka!
:-)