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Estrada (Manuel Bandeira)

Esta estrada onde moro, entre duas voltas do caminho,
Interessa mais que uma avenida urbana.
Nas cidades todas as pessoas se parecem.
Todo o mundo é igual. todo o mundo é toda a gente.

Aqui, não: sente-se bem que cada um traz a sua alma.
Cada criatura é única.
Até os cães.

Estes cães da roça parecem homens de negócios:
Andam sempre preocupados.
E quanta gente vem e vai!
E tudo tem aquele caráter impressivo que faz meditar:

Enterro a pé ou a carrocinha de leite puxada por um bodezinho
manhoso.
Nem falta o murmúrio da água, para sugerir, pela voz dos símbolos,
Que a vida passa! que a vida passa!
E que a mocidade vai acabar.

Manuel Bandeira, poeta brasileiro.

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quarta-feira, setembro 29, 2010 - 01:21

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AjAraujo

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Estrada

...aqui, não: sente-se bem que cada um traz a sua alma.
Cada criatura é única. Belo poema introspectivo de Manuel Bandeira.

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